Sochi, dia 5: 'no calorão', queda feia, ouro dividido e domínio russo no gelo
Eric
Frenzel chama atenção por comemoração efusiva no pódio do combinado
nórdico, favorito da patinação de velocidade decepciona, e Alemanha
lidera quadro
Por GloboEsporte.comSochi, Rússia
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Torcedora aproveita calorão em Sochi
(Foto: Reprodução / Instagram)
O
quinto dia das Olimpíadas de Inverno de Sochi, na Rússia, chamou
atenção desde o início pelo "clima de verão". Com cerca de 20°C na Costa
e 11° na Montanha, russos e visitantes precisaram deixar
de lado as roupas pesadas. O "calorão" dividiu opiniões. Os atletas ganharam a tarefa de ficar em
alerta com possíveis mudanças nas condições das pistas de competição, e a
organização do evento
busca soluções para que a temperatura alta não prejudique os Jogos. Uma
torcedora, por sua vez, aproveitou para passar o dia de biquíni na
piscina se refrescando.
Galeria: Veja as melhores imagens do quinto dia dos Jogos de Inverno de Sochi Além
do calor, um acidente feio marcou a quarta-feira. Representante de
Mônaco nos Jogos, Alexandra Coletti fazia uma boa performance no
esqui alpino downhill, mas se desequilibrou na parte reta
do percurso e acabou sofrendo uma queda dura. Ela deslizou com a lateral do corpo
na neve antes de bater na
rede de proteção no entorno da pista. Gritando de dor,
recebeu atendimento dos médicos e precisou sair de helicóptero.
Pelo menos, a final do downhill teve uma inusitada comemoração dupla. A suíça Dominique Gisin e a eslovena Tina Maze marcaram o
mesmo tempo (1m41s57) em suas descidas e dividiram o topo do pódio.
A imagem das duas com os braços levantados é emblemática.
Gisin,
que fez a performance primeiro, chegou a fechar os olhos quando viu que
Maze poderia ser melhor que ela. Mas, no fim, tudo deu certo para as
duas esportistas. A suíça Lara Gut (1m41s67) acabou levando o bronze na
prova.
Dominique Gisin e Tina Maze sobem ao pódio juntas no primeiro lugar (Foto: Agência Getty Images)
01
SUPREMACIA RUSSA NA PATINAÇÃO ARTÍSTICA
Nesta quarta-feira, a Rússia provou que, na patinação artística, não tem para ninguém nessa edição
dos Jogos de Inverno. Depois de conquistar sua primeira medalha de ouro em Sochi
com uma apresentação emblemática do fenômeno Yulia Lipnitskaya, de 15 anos, na disputa por equipes, o país se consagrou de vez com o casal Tatiana Voloszhar e Maxim Trankov, que chegaram
ao topo do pódio nos Pares no Palácio Iceberg de Patinação.
A
performance ao som de "Jesus Christ Superstar" emocionou e fez o
público vibrar demais. Ksenia Stolbova e Fedor Klimov garantiram a
dobradinha da Rússia, que levou também a prata. Aliona Savchenko e Robin
Szolkowy, da Alemanha, ficaram em
terceiro lugar.
Maxim Trankov e Tatiana Voloszhar brilham na pista do Palácio Iceberg (Foto: Reuters)
02
fORA DE SINTONIA, FAVORITO DECEPCIONA
Decepção. Essa é a palavra certa para definir
a performance de Shani Davis na decisão dos 1.000m da patinação de velocidade.
Líder da temporada, bicampeão olímpico e favorito absoluto para
conquistar o inédito tri, o americano estava completamente fora de
sintonia e de ritmo, e sua atuação acabou sendo muito abaixo do
esperado. Pódio? Nem perto disso. O esportista acabou na oitava
colocação. O cazaque Denis Kuzin, campeão mundial da prova de 2013,
também foi mal e ficou em sétimo. Já o holandês Stefan Groothuis, que
não tinha nada a ver com isso, brilhou e saiu com uma medalha dourada,
tendo marcado o tempo de 1m08s39.
Shani Davis lamenta sua atuação muito abaixo do esperado (Foto: Getty Images)
Denny
Morrisson, do Canadá, levou a prata, e Michel Moulder, da Holanda, o
bronze. As medalhas provaram que os holandeses realmente brilham na
patinação de velocidade. O domínio é amplo nos Jogos de Sochi. O país
tem dez medalhas ao todo,
sendo quatro de ouro, duas de prata e quatro de bronze.
03
ALEmanha: LÍDER dos Jogos E festa no pódio dO COMBINADO NÓRDICO
Os
atletas da Alemanha se destacaram bastante nesta quarta-feira. Tobias
Wendl e Tobias Arlt chamaram a atenção por suas performances no luge, e
Eric Frenzel, principalmente por sua empolgação extrema na cerimônia de
entrega de medalhas do combinado nórdico. Ao conquistarem o primeiro
lugar no pódio, os dois Tobias foram responsáveis
por elevar o país à condição de líder das Olimpíadas de Inverno,
com oito medalhas, sendo seis de ouro, uma de prata e uma de bronze,
superando Canadá e Noruega, em segundo e terceiro, respectivamente
(veja o quadro completo).
Eric Frenzel vibra demais e "voa" no pódio em Sochi (Foto: Reuters)
Já
Eric, de 25 anos, protagonizou uma cena um tanto quanto cômica ao
comemorar de maneira bastante eufórica sua medalha de ouro na decisão do
combinado nórdico masculino. Como uma criança,
o atleta deu um salto tão alto que fez com que seus rivais dessem risadas.
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