Comissão Brasileira de MMA segue Nevada e bane isenções para TRT
Decisão, porém, não afeta Dan
Henderson, que luta no próximo dia 23 de março em Natal e pediu isenção
para uso do tratamento antes de decisão
Por SporTV.com
Rio de Janeiro
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Um dia após a Comissão Atlética do
Estado de Nevada (NSAC) anunciar o
fim das isenções para a terapia de reposição de testosterona (TRT)
em lutas no estado, a Comissão Atlética Brasileira de MMA (CABMMA)
decidiu seguir a decisão e também proibir o uso do polêmico tratamento
no país. Em entrevista ao
"SporTV News" na manhã desta sexta-feira, o Dr. Márcio Tannure,
diretor médico da comissão, afirmou que a entidade também adotou
a medida, que já está valendo nos EUA.
- Nós já vínhamos discutindo isso aqui na Comissão Atlética Brasileira
há algum tempo, não é de hoje, e como nós usamos a comissão atlética de
Nevada
como nosso espelho, nós decidimos tomar também a mesma decisão aqui no
Brasil e não mais liberar o uso de TRT para nenhum atleta - declarou
Tannure.
Márcio Tannure, diretor médico da Comissão Atlética Brasileira de MMA (Foto: Reprodução)
A NSAC regulamenta eventos de luta não-armada no estado de Nevada, onde fica
Las Vegas,
e é a comissão atlética estadual mais influente dos EUA. A decisão
tomada pelo conselho da comissão na tarde de quinta-feira deve ser
seguida por outras entidades semelhantes por todo o país. O UFC já
anunciou oficialmente que seguirá o novo protocolo em torneios
internacionais em que atua como seu próprio órgão regulatório.
Dan Henderson vai poder usar TRT contra Shogun
em Natal (Foto: Jocaff Souza)
Se nos EUA a proibição do TRT é efetiva de imediato, no Brasil, porém, a comissão abrirá uma exceção para o americano
Dan Henderson, que faz o
evento principal do
UFC: Shogun x Henderson 2, no próximo dia 23 de março, em Natal. "Hendo" é um dos atletas que faz uso do programa de
reposição hormonal
e, como já havia aplicado para uma isenção junto à CABMMA, que vem o
testando para este fim, ainda poderá receber a isenção. Uma decisão
sobre sua licença deve ser feita até duas semanas antes do torneio.
Vitor Belfort, outro usuário assumido do TRT, anunciou na madrugada de sexta-feira que
deixou o UFC 173,
em Las Vegas, onde enfrentaria Chris Weidman, e desistiu de pedir
licença para lutar na cidade, por inviabilidade de tempo para se adaptar
sem o tratamento. Tannure disse que o tempo para "limpar" o organismo
da testosterona sintética varia de uma pessoa para outra.
- Isso depende de organismo para organismo e de atleta para atleta.
Isso pode demorar de três a seis meses no seu organismo, mas é uma coisa
muito individual. Tem substâncias que podem ser pegas no seu organismo
até um ano da parada de uso - disse Tannure.
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