Cielo critica bloco de partida, mas faz seu melhor tempo do ano e leva ouro
Tricampeão mundial abre o revezamento 4x50m livre do Minas com a marca de 21s71 em noite de recorde sul-americano de Graciele Hermann
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- Podia ter sido um pouco melhor. Sair nesse bloco está difícil, é diferente. Preciso aprender a sair nesse bloco. A piscina está boa, mas o que atrapalha mesmo são os blocos. Agora na prova individual quero fazer o melhor tempo do mundo. Vou ver o vídeo até quarta-feira, dia da prova, e ver o que eu posso melhorar - contou o atleta, que segue como o terceiro melhor do mundo na temporada, atrás do australiano Eamon Sullivan (21s65) e do francês Florent Manaudou (21s70).
- O objetivo grande é o Mundial no fim do ano. Quero segunda-feira já começar os treinos em piscina curta. Eu ganhei o Pan-Pacífico em 2010, e se a gente for gastar "a bala da munição" em 2014 será no Mundial. Vou disputar o Pan-Pacífico como caminho para o Mundial em piscina curta - explicou o velocista.
Se Cielo saiu insatisfeito da piscina, Graciele Hermann, do Grêmio Náutico União, estava eufórica. Na abertura do revezamento 4x50m livre, ela cravou o tempo de 24s76 e igualou o recorde sul-americano dos 50m livre, que pertence à venezuelana Arlene Sameco. Graciele comemorou a marca.
- Eu estou muito feliz, você olhar para o placar e ver 24s76 é incrível. Mas é bom falar que essa é a primeira vez de muitas que eu vou baixar dos 25s - festejou a velocista.
O recorde brasileiro pertencia a Flávia Delaroli, que nadou a prova em 24s98 em 2009. A marca de Graciela a coloca na 11ª posição do ranking mundial deste ano.
(Foto: Ricardo Bufolin/ Pinheiros)
Fabio Santi foi a grande surpresa do primeiro dia de finais do Maria Lenk ao vencer os 100m costas. Em uma prova que contava com o recordista sul-americano Guilherme Guido e com o medalhista olímpico Thiago Pereira, Fabio nadou na raia 2 e garantiu a medalha de ouro com o tempo de 54s32, que é índice para o Pan-Pacífico.
- Eu bati na parede, olhei para o placar e não acreditava que eu tinha ganhado. Agora meu foco está nos 200m costas, que é minha prova principal. Vou mais empolgado ainda agora - disse o atleta de 25 anos.
O segundo colocado foi Thiago Pereira com 54s90, e o terceiro lugar ficou com Guiherme Guido, 55s24. Daniel Orzechowski, que representou o Brasil nas Olimpíadas de Londres nesta prova, não participou da disputa no Ibirapuera por estar se recuperando de lesão.
As duas primeiras provas do Troféu Maria Lenk foram os 200m livre feminino e masculino. Entre os homens, o título ficou com Nicolas Oliveira, do Minas, que terminou a prova com o tempo de 1min47s17. Apesar da vitória, o atleta não ficou satisfeito com o resultado.
- Fiquei a 18 centésimos do meu melhor tempo, ficou próximo do que eu queria, mas não foi o ideal - disse o atleta que nadou 1min46s99 no Campeonato Mundial do ano passado.
A marca da final é a 11ª melhor do mundo em 2014 e dá a vaga no Pan-Pacífico ao nadador do Minas, que terá a companhia do vice-campeão João de Lucca, do Pinheiros, na competição na Austrália.
- É uma honra poder participar da seleção brasileira. É minha primeira classificação em prova individual. Não gostei muito como nadei à tarde - declarou João de Lucca.
Entre as mulheres, Larissa Oliveira levou a medalha de ouro com a marca de 2min00s94.
- Essa vitória significa muito para mim. Dedico essa vitória ao meu técnico, André Ferreira, o Amendoim, treinador do Pinheiros.
Maria Lenk (Foto: E5 Comunicação/ Divulgação)
Poliana Okimoto terá uma longa jornada no Troféu Maria Lenk. Nesta segunda-feira ela completou o primeiro trabalho ao vencer os 1.500m livre com o tempo de 16min47s44. Até sábado ela ainda disputará os 400m e os 800m livre, o revezamento 4x200m livre, além da prova de 5km, que será disputada pela primeira vez na história da competição. Campeã mundial dos 10km, Poliana explicou qual é seu real objetivo no ano.
- Esse ano é um ano tenso para mim porque eu estou fazendo o Circuito Mundial de águas abertas, estou totalmente focada nas provas de maratonas. O tempo de hoje não foi bom mas foi tudo dentro do normal, meu foco está nas águas abertas.
Nos últimos dois anos, algumas das principais nadadoras brasileiras anunciaram aposentadoria: as finalistas olímpicas Flavia Delaroli, Gabriella Silva e Joanna Maranhão, além de Tatiana Lemos e Michele Lenhardt, que há anos faziam parte da seleção. Com todas elas "pendurando o maiô", a responsabilidade de levar a natação feminina brasileira caiu nos braços de Etiene Medeiros, de apenas 23 anos, que venceu nesta segunda-feira a prova dos 100m costas no Maria Lenk, com o tempo de 1min01s37. Após a prova, ela afirmou não se sentir pressionada por ser o principal nome da natação brasileira feminina no momento.
- É uma responsabildiade. Eu comecei em 2008 na seleção com todas elas, e de repente todas sumiram. Foi uma transformação bastante significativa. Agora, a gente tem que dar exemplo, é um pouco estranho, mas estou amadurecendo cada vez mais.
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