Musa do BMX espera estrutura e sonha com as Olimpíadas de 2016
A ciclista Priscilla Stevaux Carnaval ocupa a 25ª colocação no ranking mundial da modalidade e disputa uma vaga nos Jogos do Rio de Janeiro
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Um deles é conviver com a falta de patrocínio e de local adequado para treinar. O BMX é disputado nas Olimpíadas desde Pequim-2008, mas o Brasil ainda não conta com uma pista oficial de supercross. A Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC) está preparando uma pista similar à olímpica, em Londrina (PR), e a promessa é que ela seja inaugurada ainda no primeiro semestre deste ano.
A seleção treina em São José dos Campos, numa pista que também não é oficial. Priscilla, que vive de "paitrocínio" e recebe o Bolsa-Atleta do governo federal, prefere continuar morando em Sorocaba e treinando na pista que fica em um centro esportivo da cidade.
Confira o ensaio de Priscilla Stevaux, musa do BMX
– Atrapalha muito não treinar em uma pista de supercross. O partidor de largada, por exemplo, é mais inclinado, são rampas de 10 a 12 metros de comprimento. Não treinar em pistas assim prejudica muito o desempenho nas grandes competições – analisa Priscilla.
Em busca de melhor evolução, a atleta compete, muitas vezes, entre os homens.
– O nível feminino está baixo, na minha categoria a briga é com três meninas, por exemplo, e no masculino eu disputo com 16, isso ajuda muito no treinamento e na minha evolução. Não existe preconceito, eles me respeitam pelo tempo que eu tenho de carreira e na seleção brasileira – disse Priscilla.
Esta semana, Priscilla está em Manchester, na Inglaterra, onde disputa a primeira etapa da Copa do Mundo em pista de padrão olímpico.
Sobre o fato de ser considerada uma musa da categoria, a atleta, que compete desde os 7 anos, desconversa.
– Eu vejo positivamente. Embora o mais importante seja a minha carreira como esportista, é bom saber que me admiram como mulher e pessoa – diz a beldade das pistas.
* Colaborou sob supervisão de Fernando Cesarotti.
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