Magrelo e dentuço? Em ação social, Vitor Belfort relata bullying na infância
"Nenhuma garota queria sair comigo", afirma. Lutador do
UFC recebe crianças em sua academia no Rio de Janeiro e "atira" na
corrupção e na pedofilia
Por Ivan Raupp
Rio de Janeiro
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Engajado em
questões sociais,
Vitor Belfort abriu sua
academia
- a FortFit, na Barra da Tijuca - esta semana para receber 37 crianças
do Instituto Todos na Luta, cuja sede fica no Vidigal, no Rio de
Janeiro. Como já havia feito em oportunidades anteriores, o carioca
focou na luta contra o bulliyng e relatou que, em sua infância, foi alvo
de gozações na escola.
Vitor Belfort dá "tiro" na corrupção e na pedofilia (Foto: Ivan Raupp)
- Me chamavam de magrelo. Eu era! Era magrelo. Olhem para mim hoje.
Batalhei para não ser mais magrelo. Eu tinha os dentes separados. Me
chamavam de dentuço na escola. Tinha orelha de abano. Nenhuma garota
queria sair comigo. Hoje em dia eu tenho uma mulher maravilhosa
(referindo-se à esposa Joana Prado). Alguém já desencorajou vocês a
fazer alguma coisa? Alguém já disse que vocês não vão dar em nada? Isso
já aconteceu comigo - contou.
Belfort deu uma
aula de boxe
e de condicionamento físico para as crianças e combinou as atividades
com um discurso sobre os males da sociedade. Ele fingiu apontar uma arma
para dar um "tiro" na corrupção e na pedofilia. Vitor ressaltou a
importância de ser um exemplo:
Lutador organiza fila antes do treino das crianças na FortFit (Foto: Ivan Raupp)
- O social a gente sempre trabalha. É ser um exemplo no dia a dia. A
maior atitude hoje de um atleta é viver o dia a dia como exemplo. Não
acredito que um ato defina a pessoa, e sim a maneira como ela vive. Meu
social é todo dia. E o maior social que faço é lá
em casa. Ensino aos meus filhos da mesma maneira que ensinei a esses alunos - disse ao
Combate.com.
Comandado por Raff Alexandre Giglio, o projeto Todos na
Luta foca na importância da contribuição do esporte para a educação e
conta com
85 alunos no total, de 9 a 21 anos. As atividades são
lúdico-pedagógicas e culturais, além das aulas de boxe. Os alunos ganham
bolsa incentivo, acompanhamento psicossocial, cesta básica e lanche
diário.
Belfort e o Instituto Todos na Luta (Foto: Ivan Raupp)
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