Fabrício reconhece falhas, divide culpa e não teme perseguição de torcedores
Zagueiro classifica jogo contra o América-RN como atípico, aceita críticas e se coloca à disposição de Cristóvão Borges para ter mais oportunidades: "Foi uma noite infeliz"
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A noite do último dia 13 de agosto
vai demorar a sair da cabeça de Fabrício. E talvez nem saia. Mas o zagueiro do
Fluminense, de 24 anos, mantém a calma para tentar uma recuperação rápida. Substituto
de Henrique na derrota por 5 a 2 para o América-RN, que eliminou o Tricolor da
Copa do Brasil de forma vexatória na última quarta-feira, o jogador, que teria falhado em
pelo menos dois dos cinco gols do adversário (veja no vídeo acima) e foi eleito pela torcida o principal
culpado pelo resultado desastroso. O que ele considera injusto, mas entende.
- O torcedor é movido pela paixão, é normal que
aconteça esse tipo de julgamento no calor do momento. O que importa é que o
professor Cristóvão e os companheiros me deram apoio para que eu possa levantar
a cabeça e dar a volta por cima logo - disse, em entrevista ao
GloboEsporte.com.
Fabrício reconhece que falhou, mas não
sozinho. Segundo ele, todo a equipe teve uma noite de exceção.
- Reconheço que cometi falhas, assim como todo
o time. Não vivemos uma noite boa.
Aprovado por Cristóvão Borges, Fabrício chegou
ao Flu em maio. Até aqui, disputou quatro partidas. Foram duas derrotas
e dois empates. Ao todo, o Tricolor sofreu 12 gols nesses jogos.
Confira a íntegra da conversa com o
zagueiro:
Revendo os lances dos gols do
América-RN, como você classifica sua atuação naquela partida? Reconhece que
cometeu falhas?
- Sim, reconheço que cometi falhas, assim como
todo o time. Não vivemos uma noite boa. Mas os erros já foram conversados para
que não se repitam no futuro.Em alguns momentos você e Elivélton pareceram intranquilos. Isso pesou? Faltou ritmo aos dois?
- Não vejo dessa forma. Entramos totalmente focados na partida, cientes de que o campo estaria molhado, pesado e que enfrentaríamos um time que poderia nos causar problemas. Estou em boa forma física, melhorando meu ritmo de jogo a cada partida.
- É claro que você acaba ouvindo. Mas desde a base, eu aprendi a entrar focado somente no jogo. Esquecer o que acontece do lado de fora, esses aspectos extracampo. Portanto, isso não interferiu na minha atuação dentro de campo.
Cristóvão e os jogadores dividiram responsabilidades após o resultado, mas a torcida criticou muito a defesa e você foi eleito um dos culpados. Não acha injusto colocarem a culpa sobre um setor ou um atleta?
- Com certeza. Mas o torcedor é movido pela paixão, é normal que aconteça esse tipo de julgamento no calor do momento. O que importa é que o professor Cristóvão e os companheiros me deram apoio para que eu possa levantar a cabeça e dar a volta por cima logo.
O que Cristóvão, jogadores e dirigentes disseram a você? O diretor Paulo Angioni disse que você tem apoio total do clube. Como está sua cabeça depois de tudo isso?
- Quem me conhece, sabe que dou meu máximo em campo e, quando as coisas dão errado, eu fico chateado. Mas jamais deixo me abater. Sei que conseguirei dar a volta por cima.
- Não creio que isso vá acontecer. Foi uma noite infeliz, como eu disse. Mas estou trabalhando para melhorar e ajudar o Fluminense. Visto essa camisa com muita honra e sempre me esforço ao máximo quando estou dentro de campo.
Acredita que será relacionado para o clássico? Está bem para jogar?
- Isso é com o professor Cristóvão. Se ele precisar de mim, estarei à disposição, pronto para entrar e ajudar o time.
Está confiante para jogar uma partida que ganhou mais peso após a eliminação?
- Sim, com certeza. Estou completamente preparado para ajudar o Fluminense. A eliminação não podia ter acontecido, mas foi uma coisa que ficou para trás. Acertamos nossos erros e precisamos recuperar a confiança já no domingo.
Foi apenas sua quarta partida pelo time. Como avalia seu desempenho até aqui?
- Tenho muito a melhorar, ganhar mais ritmo de jogo e mais confiança, realizando atuações seguras. O jogo contra o América-RN foi uma exceção.
Pediria um voto de confiança aos torcedores?
- Com certeza. Eu e todos os jogadores do Fluminense sabemos da importância da torcida. E tenho certeza que eles irão nos apoiar ainda mais. Entendemos quando eles vaiam e nos criticam, mas agora é a hora de apoiar e nos empurrar para as vitórias. Conto também com o apoio deles.
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