Mayra Aguiar entra para seleta lista de campeãs mundiais: relembre os títulos
Basquete,
vôlei de praia, ginástica artística, taekwondo, maratona aquática,
atletismo, remo, handebol e judô são os esportes em que as mulheres
brasileiras já triunfaram
Por GloboEsporte.comRio de Janeiro
O título que transformou Mayra
Aguiar na maior medalhista do Brasil na história dos Mundiais de judô entrou
também para a seleta lista de conquistas das
mulheres do país em competições de esportes olímpicos deste porte. Apesar de ainda modesto, o número de brasileiras a
subir no lugar mais alto do pódio em Mundiais vem crescendo exponencialmente,
tendo 2011 e 2013 como os anos mais dourados para o esporte feminino
verde-amarelo. Relembre na lista abaixo outros feitos individuais e coletivos
das mulheres do país.
O sorriso de campeã: Mayra Aguiar entra em lista seleta de mulheres campeãs mundiais do Brasil (Foto: EFE)
hortência e Magic paula guiam título do basquete
Hortência e Paula Basquete mundial 1994 (Foto: Divulgação / CBB)
O título do Mundial de basquete
de 1994 é até hoje o maior da história da seleção feminina brasileira. Com
Miguel Ângelo da Luz no comando fora da quadra e Hortência e Magic Paula
arrasadoras dentro dela, o time foi de desacreditado a campeão na Austrália. Na
primeira fase, a equipe venceu Taipé e Polônia e perdeu para a Eslováquia. Na
segunda etapa, venceu Cuba e Espanha e perdeu para a China. Nas semifinais, a
seleção superou os Estados Unidos em um jogo épico e, na decisão, deu o troco
nas chinesas e consagrou aquela talentosa geração, que contava também com nomes
como Janeth, Leila e Alessandra.
Vôlei de praia é único esporte
com bicampeãs mundiais
Com presença constante das
brasileiras nos pódios das competições internacionais desde o início da década
de 1990, o vôlei
de praia é o único esporte em que há brasileiras bicampeãs
mundiais. Adriana Behar e Shelda, que também possuem duas pratas olímpicas,
venceram em Marselha 1999 e Kaglenfurt 2001. Os títulos deram continuidade à
hegemonia do Brasil, que havia conquistado a primeira edição da competição,
realizada no Brasil, com Jackie Silva e Sandra Pires. Após quatro edições
dominadas pelos Estados Unidos,
Juliana e
Larissa levaram o ouro e fizeram o
Hino Nacional ser executado no Foro
Itálico de
Roma em 2011.
Shelda (fundo) e Adriana Behar são as únicas bicampeãs mundiais do Brasil (Foto: COB)
Daiane dos Santos no Mundial de 2003, com apenas 20 anos (Foto: Getty Images)
Em 2003,
Daiane dos Santos atrelou
o choro “Brasileirinho” eternamente a sua carreira. Em ritmo de samba, a música
foi a trilha sonora da apresentação da brasileira na final do solo do Mundial
de Anhaheim, na Califórnia, Estados Unidos. Com um duplo twist carpado,
movimento que depois seria batizado de “Dos Santos” em sua homenagem, Daiane
superou as rivais e conquistou o primeiro título mundial do Brasil na ginástica
artística.
falavigna brilha no taekwondo
Natália Falavigna
conquistou o maior título de sua carreira no taekwondo em abril de
2005. Em Madri, na Espanha, a brasileira venceu as cinco lutas que
disputou e sagrou-se campeã da categoria até 72kg. Na final contra a
britânica Sarah Stevenson, a brasileira saiu atrás, e a consagração só
veio no quarto assalto do golden point.
Ana marcela e poliana - meninas
de ouro das águas abertas
Mundial de Esportes Aquáticos de 2013 tem dobradinha brasileira (Foto: Satiro Sodré / CBDA)
Em julho de 2011, Ana Marcela
Cunha deu uma volta por cima em
grande estilo em Xangai. Depois de ser apenas a
11ª colocada na prova de 10km e perder a classificação olímpica para os Jogos
de Londres, a
baiana completou a maratona aquática de 25km em 5h29m22s – tempo
apenas três segundos mais baixo que o da alemã que defendia o título - e
sagrou-se campeã mundial.
Dois anos depois, o Brasil
voltaria ao topo do pódio de uma prova em águas abertas com
Poliana Okimoto.
Na
prova de 10km em Barcelona, a maratonista conquistou a mais valiosa de suas
três medalhas naquela edição do Mundial, a quarta na carreira. O
pódio foi ainda mais especial por ter dobradinha brasileira com Ana
Marcela em segundo lugar.
murer faz história e unifica
títulos
No final de outubro de 2011, Fabiana
Murer escreveu seu nome na história do atletismo do Brasil como a primeira
atleta do país a sagrar-se campeã mundial. Na disputa do
salto com vara em
Daegu, na Coreia do Sul,
a paulista saltou 4,80m para faturar o ouro,
unificando os
títulos mundiais,
já que havia sido campeã indoor em 2010, em
Doha. A conquista teve gosto ainda mais especial porque a recordista
mundial Yelena Isinbayeva estava na disputa e saltou apenas 4,65m,
terminando em sexto lugar.
Fabiana Murer dá volta olímpica no estádio após unificar títulos no Mundial de Daegu 2011 (Foto: EFE)
fabiana beltrame se consagra no remo
Fabiana Beltrame com a filha Alicia após conquistar o inédito ouro em Bled (Foto: Agência Reuters)
Bled, na Eslovênia, foi o cenário de mais uma
conquista inédita para o Brasil. Na final do single skiff leve (LW1x),
Fabiana
Beltrame liderou de ponta a ponta e tornou-se a primeira a atleta do país,
entre homens e mulheres, a subir ao topo do pódio em um Mundial de Remo. Com o
tempo de 7m44s58, a remadora do
Flamengo teve vantagem de quase dois barcos para
as rivais. No pódio, ela emocionou o público ao segurar a filha Alicia no colo.
handebol quebra tabus e recorde
A taça inédita para o handebol do Brasil (Foto: AP)
Após ser eliminada em
casa nas quartas de final do
Mundial de 2011, a seleção brasileira de handebol quebrou uma série de escritas
em 2012. Na Sérvia, a equipe comandada pelo dinamarquês Morten Soubak tornou-se
o primeiro time não europeu à chegar a uma semifinal de mundial desde 2013. As
brasileiras foram além e, na decisão, com direito ao maior público pagante da
história da competição (19.467 espectadores),
conquistaram invictas o inédito título do país na
modalidade diante das donas da casa.
rafaela silva se redime em casa
Desclassificada dos Jogos de Londres 2012 após executar um golpe ilegal, Rafaela Silva se
redimiu com os fãs e consigo mesma em um cenário de sonhos. No Rio de Janeiro,
diante de familiares e amigos, a carioca da Cidade de Deus mostrou seu
potencial máximo nos tatames e
sagrou-se a primeira campeão mundial do Brasil no
judô feminino. Contra a americana Marti Malloy, a lutadora aplicou o golpe
perfeito e venceu por ippon em casa. Então com 21 anos, Rafaela sorriu, chorou,
e fez o público entoar orgulhoso o Hino Nacional.
Rafaela Silva é levantada nos braços pelas companheiras de seleção: a 1ª campeã mundial do país (Foto: Leandra Benjamin)
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