Celso avisa que renovações no Flu só sairão após rediscussão do patrocínio
Partes avaliam continuidade do contrato em novembro. Presidente da parceira não garante ninguém e critica postura do clube: "Não tem que empurrar para a Unimed"
- Eles falam um monte de coisas. Na hora de renovar, dizem que tem que ser o Celso Barros. Então, pergunta ao doutor Mário Bittencourt, que é o vice-presidente (de futebol). Eles falam sobre tudo, não citam o Celso Barros. Só citam quando vai renovar. Eu não sou time, não tenho time. Sou até tricolor por acaso, mas a Unimed não tem um time. O time é o Fluminense. Os direitos federativos são do clube. Eles não têm que empurrar dizendo que é com a Unimed. Tem que perguntar o que eles estão fazendo. Celso Barros vai se reunir com empresário do Diguinho, vai se reunir... na hora, quem comanda são eles. Eles falam que são eles. O que eles querem? Querem benesses? Não tem condição – disse ao GloboEsporte.com.
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Certo mesmo é que nenhum contrato será renovado antes de
novembro. Isso porque será neste mês que o contrato entre o clube e a
cooperativa será rediscutido. O vínculo termina no fim de 2016, mas a cada
virada de ano é reavaliado e pode ser até rompido.
- Não vai ter renovação nenhuma antes da discussão se o
contrato vai ser mantido ou não. Isso acontece em novembro, que é o mês de discussão.
É o mês inteiro. Se cada um quiser se posicionar ou manter as posições atuais.
Se o Fluminense quiser sair, comunica. Se a gente quiser sair, comunica.
Estipular as bases máximas, também tem que aceitar um ou outro. E evidentemente
tem que ver quem cabe, se por acaso a gente persistir, nesse novo patrocínio,
que um valor vai ser discutido. Certamente, já foi dito, que terá uma
importante redução do nível de investimento caso a gente fique.
Diego Cavalieri, Gum, Carlinhos, Valencia, Diguinho e Felipe
Garcia têm contrato por acabar em 31 de dezembro de 2014 e nenhum deles tem a garantia de permanência. O caso do goleiro e
do lateral-esquerdo são os mais complexos. Celso diz que não há rejeições.
- Não vou falar em nenhum, gosto de todos deles. Não vou em
casos isolados. Eu tive com representantes de alguns deles, outros me ligaram.
Minha relação com todos é muito boa. A discussão é como vai resolver a questão
maior que é a do patrocínio. O que cabe e o que não cabe.
Reeleito no fim de fevereiro, Celso Barros permanecerá no
comando da cooperativa de médicos até 2017. Apesar do longo período, ele quer
diminuir a duração dos novos contratos. Isso por conta dos questionamentos que
sofreu durante o processo eleitoral. Questões financeiras, especialmente a
prestação de contas, também foram levantadas pela oposição e associados. Assim
como as renovações dos jogadores, a continuidade da parceria, segundo ele, é
uma incógnita.
- Isso só mesmo na época (renovação entre as partes). Apesar
daquilo que o Fluminense eventualmente fala, a discussão não é Unimed só ou do
Fluminense. É uma discussão conjunta. É claro que a Unimed é quem patrocina, se
não quiser mais, vai comunicar o Fluminense e aí vai ser vista. Tem que
resolver questões de imagens de alguns jogadores, contratos mais longos. Tem
que ser reavaliado.
A patrocinadora tricolor é responsável pelo pagamento de
direitos de imagem que correspondem de 50% a 80% do total do salário dos
atletas. Quase todos os jogadores do grupo principal do Fluminense recebem da
Unimed. Esse contrato de imagem é feito individualmente. A patrocinadora também
paga imagem para alguns garotos da base. É o caso daqueles em que tem
participação nos direitos econômicos.
No contrato entre Fluminense e Unimed fica estabelecido que
a parceira tem de investir um valor mínimo entre R$ 15 e 20 milhões por ano diretamente em
contratos de imagem com jogadores. A escolha dos atletas é feita pela cooperativa
e quase sempre aquilo que é injetado no clube ultrapassa o teto. Segundo o
GloboEsporte.com apurou, em 2013 o investimento total chegou a R$ 50 milhões.
Hoje, a fatia da folha salarial do futebol que
cabe ao clube é, segundo os dirigentes do Fluminense, de R$ 1,4 milhão por mês.
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