rank Mir aceita fazer luta de “despedida” de Minotauro no Brasil
Ex-campeão dos pesados, americano de 35 anos revela que só volta a lutar em 2015 e que topa fazer o terceiro duelo contra o brasileiro, caso o UFC concorde
- Eu sei que o Nogueira (Minotauro) quer fazer a última luta comigo. Para mim não tem problema em fazer esse terceiro combate, mas o UFC tem de concordar. Algumas pessoas dizem que por tê-lo vencido duas vezes não teria porque arriscar, mas não vou negar essa luta. Sei que ele vai querer que seja no Brasil e não nos Estados Unidos, mas tudo bem, tenho fãs aqui e não seria um território totalmente inimigo – disse descartando o estilo provocador de Chael Sonnen.
As quatro derrotas seguidas para Junior Cigano, Cormier, Barnett e Overeem fizeram Mir tirar um ano para repensar a carreira, mas sem previsões de aposentadoria. Aos 35 anos, ele revelou que não há lutas agendadas e que só vai voltar no ano que vem. Sem projetar confrontos ou escolher adversários, o americano revelou que a família será fundamental para que ele decida o momento de encerrar a carreira.
- Duas coisas eu vou considerar para a aposentadoria. A primeira é se eu começar a perder para lutadores que ninguém conhece, sem expressão. A segunda, e mais importante, é que meus filhos estão crescendo. Eu tenho jogos de beisebol para acompanhar e compromissos na escola deles. Tem um momento em que vou querer ficar mais com eles e a vida de lutador dificulta isso. É provável que aconteça quando eles começarem a entrar na adolescência – explicou o ex-campeão do UFC, que tem três filhos, de 10, 8 e 5 anos.
Velásquez x Werdum
Mir aposta em um combate equilibrado na disputa do cinturão dos pesados entre Cain Velásquez e Fabrício Werdum, no dia 15 de novembro, na Cidade do México, no UFC 180. O americano reconhece que seu compatriota é um fenômeno como lutador, tem bom preparo físico, mãos pesadas e é um wrestler melhor. Mesmo assim, vai encontrar um adversário muito duro no chão e que vem mostrando bom desempenho na luta em pé.
- Se o Velásquez levar o Werdum para o chão, vai encontrar o melhor cara do jiu-jítsu da divisão. Em pé o Werdum fez uma luta muito boa contra o Travis (Browne), que é um cara alto e de boa envergadura. Algumas pessoas subestimam a luta do Werdum em pé, por ele ser muito bom no chão. Mas estou curioso para ver qual será a estratégia do Velásquez para esse duelo – comentou o americano que vê semelhanças no estilo dele e de Werdum, mas considera o brasileiro melhor na luta agarrada.
Se Velásquez conseguir manter o cinturão, Mir aposta que o ex-campeão Junior Cigano, pode recuperar o título dos pesados. Segundo ele, esse combate exige que Velásquez seja intenso nos cinco rounds para desgastar o brasileiro aos poucos.
- Com o Junior, a qualquer momento a luta pode acabar. É sempre um duelo muito assustador para o Cain, apesar de ele ter quebrado o Júnior da última vez. Quando ele acerta aquele direto certeiro... nós vimos na primeira luta como foi.
Jones x Cormier
- Eu não acho que o juiz vai permitir que o Cormier coloque o Jon contra a grade por cinco rounds. Se ele tentar acertar um soco, a cabeça de Jones provavelmente estará muito distante, por ele ser bem maior. Podemos comparar com o Rashad Evans, que é menor, bom wrestler, e bem mais rápido que o Cormier. Se o Rashad não conseguiu, não sei como o Cormier conseguiria. Eu acho que ele pode até usar a luta agarrada para colocar o Jon para baixo, mas e depois? Ele terá de tentar finalizar a luta, mas não será simples. Acho que para ganhar por pontos isso também não seria suficiente.
Para Mir, Alexander Gustafsson é quem tem as melhores credenciais para vencer Jon Jones. Ele destacou que o sueco foi o único que muita gente considerou vitorioso em uma luta contra o atual campeão dos meio-pesados e que pode enfrentá-lo de igual para igual.
MMa no Brasil
A ideia é que todos os atletas que iniciem a carreira no Brasil encontrem uma forma de buscar apoio e não dependam exclusivamente dos promotores dos eventos. Como na estrutura atual cada organização tem seus próprios lutadores, os que não encontram espaço nos grandes eventos sofrem para seguir a carreira no MMA.
- O Brasil tem excelentes lutadores e nós não conhecemos. Algumas organizações dominam o esporte e acaba virando um verdadeiro caos. Com um ranking que reúna todos os atletas, independente da organização, fica mais fácil conhecer os lutadores e revelar novos talentos – disse Mir.
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