Técnico exalta humildade de Spider: "Mudou o que precisava ser mudado"
Mais de um ano após ter dado cara a tapa com críticas a Anderson por conta da postura no UFC 162, Cesário Bezerra diz que a relação segue igual
- A gente aprende muita coisa em cima da derrota. A gente cresce em cima das vitórias e aprende em cima das derrotas. Não foi nem em relação a isso (críticas) que mudou alguma coisa. Mas ele mudou o que precisava ser mudado. Agora a gente tem que voltar do zero, com a cabeça humilde. E o Anderson tem humildade para isso. O que aconteceu faz parte do passado. A gente vai tentar melhorar daqui para a frente - declarou, em entrevista ao Combate.com.
- Ele não ficou chateado. Até na época em que isso aconteceu houve algumas coisas desse tipo, mas foi uma parada que o Anderson não levou. Na época da luta, algumas coisas realmente aconteceram. Em matéria de treinador, muitas vezes o que é em excesso acaba atrapalhando. O melhor é o mais simples. Mas ficou tranquilo. Não atrapalhou a relação da gente. Se falei alguma coisa, foi para ajudar. O Anderson sabe que eu jamais falaria alguma coisa para atrapalhá-lo. Até hoje não aceito a primeira derrota. Na segunda houve um acidente, até numa hora em que o Anderson poderia virar as coisas. O que foi dito foi real.
Cesário está junto de Anderson há cerca de oito anos e, junto de Edelson Silva e Luiz Dórea, prepara o boxe do lutador. Ele mostrou bastante confiança no retorno do pupilo ao octógono. O Spider tem volta marcada para 31 de janeiro, no UFC 183, contra o americano Nick Diaz.
- A gente vê sempre o Anderson ganhando. Para a gente, que está com o cara e quer o bem dele, sofrer uma derrota da maneira como foi não foi legal, não foi satisfatório. Incomoda muito, ainda mais para quem é treinador. Quando tem muita coisa em volta, às vezes o atleta perde o foco, preocupado com outras coisas sem ser o caminho da luta. Mas o Anderson tem uma cabeça boa, superou já aquela derrota, é coisa do passado. Ele começou de novo. E tenho certeza que, se ele quiser, vai chegar lá novamente - afirmou.
Por falar em Nick Diaz, Cesário não tem a mesma opinião que Edelson Silva, que vê o americano como "adversário fácil" para Anderson, e prevê mais dificuldade:
- Fácil não é, né? Não tem luta fácil. O Nick Diaz é um cara que já lutou boxe, é um lutador que exige cuidado. De repente pode não ser um dos mais tops, mas também não dá para marcar bobeira com ele. Ele é canhoto, tem um cruzado perigosíssimo, já provou isso para todo mundo. Como qualquer luta, tem que entrar ligado. O cara é muito experiente, tem várias lutas de boxe e oferece perigo em pé. De repente a luta não casa para ele porque na real o Anderson não vai trocar boxe. O Anderson tem um muay thai muito melhor do que o dele. Mas sem dúvida o Nick Diaz oferece perigo. Não é uma luta mole. Boxe é perigo para todo mundo.
E Cesário tem ainda um desejo especial: ver Anderson Silva enfim vencendo o carrasco Chris Weidman. O treinador não tem dúvida sobre qual seria o resultado desta vez:
- Se o Anderson tiver outra chance de lutar contra esse cara, tenho certeza que vence.
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