Havelange faz lobby por Teixeira na Fifa e revela lucro obtido com a Copa

Presidente de honra da entidade abre Soccerex, convenção de negócios e futebol, no Rio, e diz que dirigente da CBF tem perfil para assumir o cargo

Por Márcio Iannacca Rio de Janeiro

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João Havelange elogia Ricardo Teixeira e o aponta
como futuro presidente da Fifa (Globoesporte.com)

Um novo brasileiro pode assumir a Fifa. Pelo menos foi com esse pensamento que o presidente de honra da entidade, João Havelange, citou o nome de Ricardo Teixeira, mandatário da CBF, como possível candidato em uma eleição para a sucessão de Joseph Blatter. Ao ser questionado se um compatriota teria condições de chegar ao cargo no futuro, o dirigente não pensou duas vezes ao citar o ex-genro e foi só elogios.
- Fico em uma posição difícil com essa pergunta. O Ricardo Teixeira foi o meu genro, foi casado com a minha filha. Eles se desquitaram, tenho três netos e três bisnetos. Jantei com todos eles na sexta-feira e foi uma noite inesquecível. O Ricardo mostrou ser um ótimo administrador. Ele se preparou para tudo isso. Se fosse lançado como candidato seria indiscutívelmente um grande administrador para o futebol mundial - afirmou Havelange.
O presidente de honra da Fifa aproveitou para comentar a preparação de Ricardo Teixeira para assumir a CBF. Segundo Havelange, o dirigente tem sido importante para o futebol brasileiro.
- Já deu duas Copas do Mundo ao Brasil e poderá oferecer mais uma ao nosso povo. O Ricardo fala bem inglês, fala bem francês, fez curso de direito, fez curso finaneiro, esteve em bancos aqui no Brasil, na Suíça. Está muito bem preparado - disse o dirigente.
Ainda durante a entrevista realizada na abertura da Soccerex, Havelange revelou os lucros obtidos pela Fifa no Mundial de 1978 e no de 2010, na África do Sul. A diferença de investimento impressiona.
- A Copa da Argentina representou um lucro bruto de US$ 78 milhões. Dentro do sistema que colocamos em funcionamento e com a continuidade do trabalho com o presidente Blatter,  os lucros na Alemanha e agora na África do Sul passaram de US$ 6 bilhões. Isso, meus caros, é o que eu chamo administrar. Foi isso que eu procurei fazer. Não sou técnico, não sou médico, não sou jogador, sou apenas um administrador - revelou Havelange.
O dirigente preferiu não apontar favoritos para a escolha das sedes da Copas de 2018 e 2022. Os vencedores serão anunciados pela Fifa no dia 2 de dezembro, em Zurique. Segundo Havelange, a escolha deve ser em prol das melhores candidaturas.