Luxa ainda busca melhor formação tática: veja prós e contras das opções
Esquemas de jogo têm sido testados pelo treinador neste início de temporada para criar alternativas e dissolver deficiências do Flamengo
para armar o time (Foto: Jorge William / O Globo)
Está claro que a maior dificuldade do treinador no momento é a lateral esquerda. Egídio começou a temporada como titular, mas ainda não conseguiu se firmar. Renato e Ronaldo Angelim foram improvisados. Ele ainda tem Rodrigo Alvim e o recém-promovido Anderson à disposição.
O esquema 4-2-3-1, pelo menos por enquanto, é o preferido. As peças é que podem variar. Uma transformação para o 4-3-2-1 também já foi vista neste estadual. Para o jogo contra o Resende, às 17h (de Brasília) de domingo, uma nova formatação do 4-2-3-1, com Angelim na lateral esquerda. Luxemburgo explicou que precisa contrapor a falha de marcação no meio-campo por causa da veia ofensiva de Thiago Neves e Ronaldinho.
Confira as opções táticas do técnico do Flamengo neste início de temporada:
4-2-3-1: o preferido
Vantagens: o time ataca praticamente o tempo todo com quatro jogadores. A troca de posições dos armadores permite tabelas e triangulações.
Riscos: se a movimentação do atacante for fraca, dificilmente os meias conseguirão criar, mesmo que mais próximos em campo. Além disso, a saída de bola com os volantes não pode ser lenta e previsível. Outra preocupação do técnico nos treinamentos é com a qualidade do passe.
Variações: Renato pode ser considerado uma peça-chave. Além de meia ofensivo, pode jogar como volante e lateral-esquerdo. Se for lateral, Egídio sai do time, e Luxa ganha espaço para que outro armador faça companhia a Ronaldinho e Thiago Neves - Bottinelli, por exemplo. Como segundo volante, ele pode ocupar o lugar de Maldonado na proteção, dar qualidade ao time na saída de bola e fortalecer o lado esquerdo.
Do que precisa para funcionar: além da troca de posições, o trio de meias precisa se mexer mais com a bola, procurando as diagonais para abrir o corredor aos laterais e tentar as tabelas e triangulações, evitando que Deivid fique isolado. O atacante ainda tem dificuldade de se adaptar à função de homem de referência. Wanderley é uma opção pelo bom início de temporada.
4-3-2-1: mudança sutil
Vantagens: o técnico não precisa fazer alterações. O recuo de um meia - provavelmente Renato - pode repaginar a equipe e dá liberdade a Ronaldinho e Thiago Neves. O volante Willians também ganha espaço pela direita.
Riscos: por conta da falta de entrosamento, por vezes o time só consegue ser efetivo na conhecida jogada pela direita, quando Léo Moura supera seu marcador.
Variações: Thiago Neves e Ronaldinho passam a atuar quase como atacantes abertos. No lugar de Deivid, Wanderley, oportunista e presente na área, vive um bom momento e tem feito o que se espera de um avante rompedor. É o artilheiro do time no Carioca com quatro gols.
Do que precisa para funcionar: com um meia mais recuado, R10 e Thiago Neves têm de aproveitar melhor os espaços pelas pontas. Mais livres, Willians e Léo Moura podem apoiar com mais frequência.
4-2-3-1: versão com reforço na marcação
Vantagens: sem Renato, colocando Marquinhos, Luxa deixa Angelim preso à marcação, mas ele não deixa de ser opção de apoio ao ataque. Por outro lado, dá liberdade para as investidas de Léo Moura na direita, um dos pontos mais fortes da equipe. Marquinhos faz a ala esquerda, e Ronaldinho fica mais solto para encostar em Deivid. É um esquema misto.
Riscos: a intenção com o posicionamento de Angelim é dar equilíbrio ao time, mas, se não estiver bem treinada, a formação pode tornar a equipe mais exposta.
Variações: no setor ofensivo, o treinador toma como base a equipe do Palmeiras (em 1996). Jogava com dois volantes e com Müller passando por trás do Luizão. Luxa deve jogar com Ronaldinho vindo por trás do atacante e distribuindo a jogada, junto com Thiago Neves e Bottinelli, tão logo o argentino se recupere da torção no tornozelo direito. Ronaldinho não seria um meia, mas um segundo atacante. Isso com Renato fazendo a ala esquerda.
Do que precisa para funcionar: as opções pelo lado esquerdo ainda não inspiram plena confiança, principalmente Egídio, que não é forte na marcação, nem no apoio. Desta forma, Luxemburgo tenta compensar com a segurança defensiva. Como Thiago Neves, Renato, Ronaldinho e Marquinhos jogam pela esquerda, as referências para o setor são muitas.
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