Pilotos brasileiros buscam reação e afirmação na temporada 2011 da F-1
Massa precisa lutar com Alonso dentro da Ferrari, e Barrichello é parte do projeto para levantar a Williams. Bruno Senna e Luiz Razia serão reservas
- Felipe Massa (Ferrari)
A tarefa não é das mais fáceis, mas as atividades começaram bem para ele. Massa se adaptou bem aos pneus Pirelli, menos resistentes e que exigem uma tocada mais suave na pilotagem. Desde o ano passado, nos primeiros testes em Abu Dhabi, o brasileiro sempre esteve entre os primeiros. Além disso, o 150º Itália, carro da equipe italiana para 2011, parece casar bem com seu estilo, ao contrário do modelo do ano passado.
A situação, entretanto, não é muito confortável. Massa chegou a ser ironizado pelo presidente Luca di Montezemolo, que deu nota 7 para a temporada do brasileiro em 2010 e disse que o irmão do piloto tinha andado na parte final do ano. Dentro da Ferrari há muito tempo, ele terá igualdade de condições no início do ano para tentar superar o bom ambiente que Alonso deixou após o vice.
- Sempre estive sob pressão em minha carreira. Aliás, sou o primeiro a me pressionar. O importante é andar bem e estar tranquilo no cockpit. Sinto a confiança e o respeito que a Ferrari tem por mim. Gosto de ler que eles falam bem de mim, não nego, mas acho que é assim para todo mundo. O que conta é ter um carro que se adapte ao meu estilo. Sei que as coisas não funcionaram bem no ano passado, mas tenho de olhar para o futuro e ir bem nesta temporada.
- Rubens Barrichello (Williams)
Em seu último ano de contrato com a equipe, Barrichello terá como companheiro o venezuelano Pastor Maldonado, em um claro exemplo das dificuldades que a Williams vive. Apesar do título da GP2 em 2010, o novato nunca foi considerado um talento promissor e chegou à Fórmula 1 graças à enorme verba investida por seus patrocinadores (US$ 43 milhões): o Governo da Venezuela, de Hugo Chávez, e a PDVSA, estatal petrolífera local. O brasileiro não deverá ter problemas para superar o colega em 2011. A meta do piloto e da equipe é ficar regularmente na zona de pontuação e tentar beliscar alguns pódios.
- Estamos melhor em termos do que em 2010. O carro é diferente, por isso preciso tratá-lo de maneira diferente, mas gosto muito dele. É difícil dizer o quanto mais rápido está, mas é muito mais agradável de pilotar do que o da temporada passada. Sou otimista e sei o quanto gostaria de dizer que vamos andar muito bem, mas quero estar no Q3 e marcar pontos. Acho que é possível.
- Bruno Senna (Renault-Lotus)
Após o acidente de Robert Kubica, que pode ficar fora de toda a temporada, o brasileiro viu o alemão Nick Heidfeld assumir a vaga do polonês, mas fez um bom teste em Jerez de la Frontera. Em um time que tem o irregular russo Vitaly Petrov como segundo piloto, Bruno pode, se continuar a impressionar os engenheiros, conseguir uma vaga de titular em 2012.
- É muito legal que esteja entrando em uma equipe bem estabelecida. Estou orgulhoso desta conquista. Este ano será de integração e de extrair o que puder dentro de um ambiente tão competitivo. Ser parte deste projeto me dará uma experiência valiosa, e agora preciso aproveitá-la ao máximo. Espero provar à equipe que mereço receber uma oportunidade no futuro.
- Luiz Razia (Lotus)
(Foto: Divulgação)
O baiano fechou um acordo com o time no fim de janeiro e terá direito a participar de, no mínimo, quatro treinos livres de sexta-feira, inclusive o do GP do Brasil, em Interlagos. Ele será o primeiro reserva da dupla formada por Heikki Kovalainen e Jarno Trulli, confirmada pelo segundo ano seguido no time anglo-maiaio, de propriedade do empresário Tony Fernandes.
- Estou absolutamente feliz com a vaga de terceiro piloto. Tenho uma chance excelente de ganhar experiência na Fórmula 1. A equipe será bem sucedida muito em breve e irá lutar por pontos assim que for possível - diz Razia.
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