Após tratamento igual ao de Nadal, Marcos Daniel luta contra lesão grave
Gaúcho disputa Challenger em Santos (SP) a partir desta segunda-feira
ver uma partida do Santos (Foto: Divulgação)
Daniel sentiu as primeiras dores no ombro direito antes de viajar para Ásia e Oceania no começo do ano, mas seguiu treinando duro. O objetivo era chegar bem aos torneios de saibro na América do Sul, disputados a partir de fevereiro. No entanto, a lesão no joelho sofrida dias antes da estreia no Australian Open, em janeiro, forçou o gaúcho a tomar antiinflamatórios que temporariamente aliviavam as dores no ombro.
- A dor maior esconde a menor. Como eu estava tomando antiinflamatório para caramba, escondia a dor do ombro. E eu metia o braço no saque. Quando eu parei de tomar, no dia seguinte (ao do jogo contra Nadal), no avião eu já não conseguia deitar com o ombro do lado direito - disse o tenista, que recebeu o GLOBOESPORTE.COM na última semana em Balneário Camboriú (SC), onde mora com a mulher e os dois filhos.
Foi a maior dor que senti na vida. Fiquei três dias sem conseguir levantar o braço. Hoje, estou bem, dando porrada na bola quase igual. Em Santos (SP), se eu der um pouco de sorte, consigo ganhar de alguém"
Marcos Daniel
- Imagina uma agulha desse tamanho (imitando com a mão um círculo espesso) entrando no teu tendão de aquiles. Foi isso, só que no ombro. Foi a maior dor que senti na vida. Fiquei três dias sem conseguir levantar o braço. Hoje, estou bem, dando porrada na bola quase igual. Em Santos (SP), se eu der um pouco de sorte, consigo ganhar de alguém.
No caso de Nadal, bem mais grave, o tratamento à base de plasma enriquecido foi suficiente para curar suas tendinites - desde julho do ano passado o espanhol não se queixa de dores. Daniel, entretanto, sabe que o método não irá reparar seu tendão. Na última semana, no Challenger de Blumenau, o gaúcho, sem conseguir sacar como de costume, foi eliminado na estreia.
Agora, em Santos, nesta segunda-feira, ele tenta mais uma vez dar um passo rumo à recuperação. Com 32 anos e na 127ª posição no ranking mundial, Marcos Daniel corre contra o tempo. Mesmo ciente das dificuldades, ele promete brigar para superar o problema.
- Se eu estou normal, jogando o meu normal, eu não saio dos 100 do mundo. Vou chegar a 20? Não vou. Eu vou seguir lutando, mas quando acontece uma lesão do nível dessa, que aconteceu no meu braço, faz a gente repensar a vida. Até o início do ano, eu tinha uma visão de ir mais longe ainda no tênis. Essa lesão acabou encurtando. Eu espero poder dar a volta, mas estou limitado agora.
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