Grupo do Vasco reúne velhos e novos figurões da Libertadores
Tricampeão Nacional, onipresente Libertad e empobrecido Alianza Lima indicam dificuldades para o Gigante da Colina
(Foto: Marcelo Sadio / Site Oficial do Vasco)
As principais ameaças estão nos uruguaios e nos paraguaios. O Nacional pinga tradição de sua camisa. Tem três títulos da Libertadores. E tenta surfar na onda do ótimo momento do futebol charrua.
O Libertad entra na nova ordem do futebol sul-americano. É um clube onipresente na última década. Disputou as últimas dez edições do torneio – o que inclui uma ida às semifinais em 2006. Já o Alianza Lima luta contra a falência do futebol peruano. Tem mais experiência do que qualidade.
da experiência peruana (Foto: Agência AP)
O Alianza Lima tem em seu time titular jogadores muito experientes e apostas do futebol peruano. O capitão, Juan Jayo, tem 39 anos. Dois meias, Bazan e Hurtado, têm 20 e 21, respectivamente. Mesmo em forte crise, o clube conseguiu fazer contratações – casos do zagueiro uruguaio Walter Ibáñez e do meia chileno Fernando Meneses.
Fique de olho: o Alianza Lima joga no esquema 4-5-1. O único atacante é Jonathan Charquero, um uruguaio de 22 anos, buscado pelo clube peruano no Nacional, de Montevidéu, onde era pouco aproveitado. O jogador tem passagem por seleções de base.
Efeito caldeirão: o Alianza Lima manda suas partidas no estádio Alejandro Villanueva, conhecido como Matute. A capacidade é para 35 mil pessoas. Lotado, o estádio vira um caldeirão. Como o clube é muito popular, o público costura ser grande.
Resultados recentes: na apresentação do elenco e dos uniformes para 2012, a chamada ‘Noche Blanquiazul’, o Alianza Lima empatou por 1 a 1 com o Cerro, do Uruguai. Em amistosos, também empatou por 2 a 2 com o Zarumilla, fez 2 a 0 no Cobreloa, do Chile, levou 2 a 0 do Colo-Colo e empatou por 1 a 1 com o O’Higgins.
Libertad (Foto: AP)
O Libertad tem por tradição manter boa parte de suas equipes de uma temporada para a outra. Desta vez, não foi bem assim. Do time que venceu o Tricolor por 3 a 0 em 2011, restou metade, incluindo todo o meio-campo. Bonet, de 34 anos, é o líder de um elenco que ganhou o reforço do atacante argentino Menéndez, ex-Lanús e Emelec.
Fique de olho: o técnico do Libertad é um dos principais jogadores da história do futebol argentino. Jorge Burruchaga, campeão mundial em 1986 e vice em 1990 com a seleção de seu país, chegou ao clube paraguaio este ano. Antes, comandou quatro clubes argentinos: Arsenal, Estudiantes, Independiente e Banfield.
Efeito caldeirão: o Libertad costuma mandar seus jogos no Defensores del Chaco, o principal estádio paraguaio, com capacidade para 40 mil pessoas e habitual palco de manifestações hostis das torcidas locais. O porém é que o adversário vascaíno não tem um público numeroso a ponto de lotar o estádio em partidas da primeira fase da Libertadores. O clima não deve ser de pressão.
Desempenho recente: o Libertad largou bem no Apertura paraguaio. Contra o Nacional, também presente na Libertadores, venceu por 1 a 0.
O Nacional é um dos maiores emblemas do futebol sul-americano. Ganhou a Libertadores três vezes, em 1971, 1980 e 1988 (nos três anos, foi tricampeão mundial). Tem 38 participações na disputa. No ano passado, caiu na primeira fase. Em 2009, chegou às semifinais.
Nacional (Foto: Adilson Barros/Globoesporte.com)
Mesmo assim, há jogadores de relativa fama. O principal é o meia-atacante Álvaro Recoba, de 35 anos, ex-destaque do Inter de Milão. O zagueiro Andrés Scotti, de 36 anos, com habituais passagens pela seleção uruguaia, também defende o clube de Montevidéu.
Fique de olho: o Nacional tem um ex-jogador do Vasco. Trata-se do zagueiro Jadson, de 30 anos. O brasileiro, naturalizado uruguaio, foi cedido por empréstimo ao clube de Montevidéu no início do ano passado. Em dezembro, rescindiu contrato com o Cruzmaltino. É titular do Nacional.
Efeito caldeirão: a pressão depende de onde joga o Nacional. Se é em seu estádio, o Parque Central, que passa por reformas, o adversário costuma sofrer. O gramado é grudado no alambrado. Mas se é no lendário Centenário, palco da final da Copa do Mundo de 1930, o ambiente é menos desagradável. Mesmo assim, o gigante de Montevidéu, quando lotado, impressiona os visitantes.
Desempenho recente: o Campeonato Uruguaio ainda não começou. Como preparação para a Libertadores, o Nacional jogou amistosos no Chile. Venceu o Everton por 5 a 3 e empatou por 1 a 1 com o Universidad de Chile.
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