Mosquito diz que Vasco é prioridade, mas avisa: 'Não posso ficar refém'
Imbróglio, que começou semanas antes da reapresentação, envolve divisão dos direitos econômicos, mas promessa ainda vê possibilidade de continuar
O atacante não se apresentou na data marcada e recentemente foi acusado pelo Vasco de ter desaparecido. No entanto, o próprio jogador garante que isso não aconteceu. Segundo Mosquito, seus empresários ainda não chegaram a um acordo com a diretoria do clube cruz-maltino para assinar o seu primeiro contrato profissional. O garoto, que completou 16 anos no dia 6 de janeiro, afirma que seu maior interesse é voltar a treinar e jogar o quanto antes.
- Isso é mentira. Nunca desapareci. Eles querem me colocar como o errado na história. Meus empresários tiveram reuniões e ainda não chegaram a um acordo. O que eu mais quero é voltar a jogar, a treinar. Espero que a solução seja encontrada o mais rapidamente possível. Minha prioridade sempre foi o Vasco e continua sendo, mas não posso esperar para sempre. Torço por uma definição - disse o atacante.
Percebendo que a situação se arrastaria por mais tempo e acabaria gerando uma troca de acusações, Andreia e o padrasto de Mosquito se uniram ao empresário Gustavo Arribas e ao agente Cacau Barbosa, o mesmo que intermediou a venda de Philippe Coutinho para o Inter de Milão. Agora, as conversas foram retomadas e parecem estar em clima amistoso. Na semana do dia 23 foram dois encontros com Roberto Dinamite, rebatendo a teoria de que o jogador havia desaparecido. Aparadas as primeiras arestas, iniciaram-se negociações para a assinatura do primeiro contrato.
A família de Mosquito garante que as conversas ainda não giraram em torno de salários e luvas. Eles, inclusive, receberam um aporte financeiro dos novos representantes quando fecharam o acordo. A grande questão que continua indefinida é a divisão dos direitos econômicos. O Vasco pediu uma fatia que não agradou aos demais envolvidos. Segundo Cacau Barbosa, a situação pode ter um final feliz.
- Tivemos duas conversas e estamos mantendo contatos telefônicos. O importante é que o presidente Roberto Dinamite está disposto a negociar e chegar a um acordo. Essa é a vontade do Mosquito também. Mas precisamos fazer o negócio andar porque ele precisa voltar a jogar - afirmou.
O período de inatividade é o que mais incomoda Mosquito. Sem treinar com bola desde o fim do ano passado, o atacante vem mantendo a forma na praia e em uma academia. Nem mesmo os estudos ele retomou em 2012, já que estava matriculado no Colégio Vasco da Gama, em São Januário. A indefinição preocupa a promessa. Principalmente ao lembrar que quanto mais tempo parado, mais risco corre a sua carreira.
- Não tenho medo e não temo pelo futuro. Sei que tenho muito pela frente. Mas é ruim. O tempo está passando. Agora vi companheiros que jogaram comigo o Sul-Americano serem convocados para a sub-17. Eu poderia estar lá. Preciso resolver logo isso e espero que seja nesta semana - desabafou.
Prioridade é o Vasco, mas futuro está em aberto
Sul-Americano (Foto: Luna Vale/Globoesporte.com)
- Não vejo problema se for o melhor para mim. O que não dá mais é para ficar parado. Não posso ficar refém do Vasco - admitiu Mosquito, que elogiou o clube, mas criticou a complicação e a demora na resolução.
- Eu não sei de todos os detalhes. Procuro não me meter. Mas existem pessoas que acabam complicando a vida do clube. Do Vasco eu não tenho nada para falar. E mesmo com tudo isso volto a dizer que pretendo continuar - disse.
O presidente Roberto Dinamite não comentou o caso por estar viajando para o Peru, onde os profissionais do Vasco enfrentar o Allianza Lima na noite desta terça-feira. Já o gerente das categorias de base do clube, Humberto Rocha, não retornou as ligações do GLOBOESPORTE.COM.
Se em 2011 quem voou em campo foi Mosquito, nesta temporada é o tempo que está voando. E o jogador, que chegou ao Vasco em 2009 após passar pelo futsal de Flamengo e Fluminense, continua pousado esperando...
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