O bom empate tático entre Dorival e Muricy
qui, 05/04/12
por André Rocha |
- O 4-2-3-1 de quase sempre, mas que foi abandonado inicialmente na Vila Belmiro, teve Elton e Sandro Silva à frente da zaga e Dagoberto, Tinga e Dátolo com intensa movimentação acionando Leandro Damião;
- O belo gol de falta de Nei reforçou a estratégia de intensidade no bloqueio, mas o Colorado recuou as linhas e Tinga voltou um pouco mais para ajudar os volantes no combate;
- A equipe de Muricy Ramalho sentiu a pressão com marcação dupla em quase todos os setores, especialmente sobre Neymar e Ganso, que mal dominavam e já tinham dois ou três a cercá-los;
- Quando Neymar passou a circular pela direita para fugir da forte marcação, o setor ganhou profundidade e o craque encontrou os espaços para começar a desequilibrar – ou reequilibrar o Santos;
- Foram quatro as chances criadas pela joia santista: dois centros para Ibson, que naturalmente procurou o outro lado e deu trabalho a Muriel;
- Com 66% de posse de bola – “herança” do massacre do Barcelona em dezembro – e uma formação mais equilibrada, atacando pelos dois flancos com a inversão de Neymar e Ibson, o Santos terminou o primeiro tempo com o controle das ações e silenciando o Beira-Rio;
Equipes no 4-2-3-1, com o Inter apertando com marcação avançada e o Santos forçando demais pela esquerda e abandonando o lado oposto.
- Fucile passou a descer mais e Ibson, de volta ao lado direito, abriu procurando jogo. Espaçando a marcação, o Santos encontrou brechas para Ganso acionar Neymar à esquerda. Por ali o craque fez bela jogada limpando Elton e batendo para nova defesa de Muriel;
- Muricy trocou Fucile por Alan Kardec, que foi jogar aberto pela direita. Henrique plantou como lateral-zagueiro, Ibson recuou para trabalhar com Arouca e o Santos ocupou de vez o campo de ataque;
- No centro perfeito de Juan, o gol de Kardec dois minutos depois da substituição que acabou com a solidão de Borges na área do oponente e tornou o 4-2-3-1 alvinegro mais “literal”;
Muricy trocou Fucile por Kardec, plantou Henrique como lateral-zagueiro pela direita, recuou Ibson e acabou com a solidão de Borges na área do Inter, que cedeu campo e o empate depois de bons 15 minutos na segunda etapa.
- Mas não recuperou o domínio das ações. Muricy tirou Borges e colocou Elano, voltando ao 4-2-3-1 “torto” e reequilibrando a disputa no meio-campo;
- Neymar seguiu levando vantagem nas jogadas individuais e obrigou Muriel a mais duas defesas importantes. Na mais espetacular, a bola ainda tocou no travessão;
- Com o cansaço de Ney e Sandro Silva, Rodrigo Moledo precisou sair duas vezes e parar Neymar com faltas duras. A primeira já era digna do cartão vermelho que deixou o Inter em desvantagem numérica nos minutos finais;
- Com Bolívar no lugar de Dátolo, o Inter gastou o tempo que o Santos deixou passar, satisfeito com o ponto que garante a liderança do Grupo 1 da Libertadores;
- Dorival Júnior fez o que pôde com desfalques importantes e ao menos manteve fidelidade ao desenho tático e à proposta de jogo de sua equipe; Muricy Ramalho corrigiu os problemas do início do jogo e foi feliz na entrada de Kardec. Empate tático.
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