Destemido, Tenorio dá o panorama
do Vasco: 'Ganhar, ganhar e ganhar'
Equatoriano volta após pequena lesão, esbanja confiança para evitar que o time esmoreça na reta final do Brasileiro e avisa: 'Ainda não joguei aqui'
16 comentários
Para se certificar de que todos os jornalistas tiveram as dúvidas sanadas, encerrou assim:
- Gravaram tudo mesmo? Porque até o fim do campeonato não venho mais aqui... - brincou.
- No futebol, o segundo e o último é a mesma coisa. Ninguém vai falar do segundo. Só o campeão sai na foto. O Vasco está pensando em ser campeão. Temos uma diferença para o primeiro, é difícil, mas tem muita coisa ainda. Vamos tentar ganhar dentro e fora de casa. Não importa quem fizer o gol, se vai ser o Fernando Prass, ou se levarmos cinco, porque vamos ter de fazer seis. Temos é que nos concentrar para ganhar, ganhar e ganhar - decretou.
'Ainda não joguei pelo Vasco'
Embora tenha tido boas atuações e já tenha virado xodó dos torcedores, Tenorio vive um ano complicado fora de campo. Além da grave lesão no tendão de Aquiles, que o fez parar por cinco meses em função da cirurgia, ele apressou seu retorno pela necessidade da equipe e ainda não está 100% fisicamente. O departamento médico recomenda que o atacante não jogue os 90 minutos, sob risco de haver problemas musculares, mais na coxa e no púbis, que o incomodam há semanas. Nada que tire a vontade do destemido camisa 11, que ressalta a dívida de gratidão com o clube.
- Não está fácil. Acho que eu poderia estar mais com o departamento físico para melhorar minha condição. Mas a situação se apresentou assim, e eu tinha que jogar. Acho que esse tempo (sem jogo no meio da semana) vai ser o suficiente. Lesão muscular que te deixa uma semana, dez dias fora incomoda um pouco. Agora vou jogar mais tranquilo. O jogador quer jogar sempre. Eu gosto de jogar, gosto de estar sempre aí. E não tenho medo de nada. Tenho 33 anos, vou ficar com medo de quê? - clamou, emendando em seguida.
- Ainda não joguei pelo Vasco. Para uma temporada com Estadual, Brasileiro, acho que não fiz nada, foram dez jogos (13, ao todo). Quando me machuquei, sempre me ajudaram e me elogiaram. Tenho ser grato e dar alegria para essa torcida. Não vou ser campeão sozinho, mas eu vou ajudar, vou fazer a minha parte. Sou um jogador que não se esconde, mostra sempre a cara. Tem que dar tudo de si mesmo. Se o resultado foi ruim, são coisas que acontecem - afirmou, com a personalidade e a irreverência habituais.
Mas de onde vem tanto moral? O equatoriano sabe que faz parte de um grupo cada vez mais reduzido de jogadores que utiliza os microfones para chamar a responsabilidade e dar declarações que fogem dos padrões. Segundo ele, os exemplos vêm de sua família. Os pais, Vicente Tenorio e Amariz Medina, educaram o ex-velocista na adolescência desta forma.
Para finalizar, prometeu mais gols até o fim da competição.
- Vai ter (gols) com certeza. Do Demolidor, do Alecsandro, de todo mundo - avisou, sorrindo, aproveitando para fazer média com o companheiro de ataque, que passava pela sala.
O Vasco encara o Figueirense no sábado, às 18h30 (de Brasília), em São Januário.
Colaborou o estagiário Gabriel Fricke, sob a supervisão de André Casado
Nenhum comentário:
Postar um comentário