Novo preparador físico do Vasco tem filosofia definida: 'Sem cabeça baixa'

Em dia de trabalho puxado, mesmo com calor escaldante, 'escritor' Juvenílson de Souza se apresenta, conta suas histórias e métodos

Por André Casado Rio de Janeiro

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Preparador físico Juvenílson de Souza falou sobre
o trabalho (Foto: André Casado/Globoesporte.com)

Junto com Marcelo Oliveira, o Vasco tem também uma nova comissão técnica e, com isso, diretrizes diferentes para o trabalho de preparação física. Na manhã desta quarta-feira, esteve em destaque o trabalho intenso de Juvenílson de Souza, que passa a comandar o setor nesta reta final. Com um treino puxado e algumas inovações em campo, o profissional se apresentou à imprensa após a atividade e, apesar de sereno nas palavras, tem estilo definido: muita transpiração para obter resultados.
- Para transmitir a energia necessária a esse trabalho, preciso me movimentar, suar também. Os jogadores têm de entender como deve ser feito. Ao mesmo tempo que estou participando, cobro e oriento. Vocês vão ver que não vai ter cabeça baixa, sempre haverá disposição. Gosto muito do que faço, sou preparador por opção. Tentei jogar bola e não consegui. Mas queria trabalhar com futebol. E não penso em mudar de função nunca mais - afirmou Juvenílson, ex-meia do Londrina nas categorias de base, clube no qual também iniciou sua trajetória na área atual.
O preparador foi só elogios ao nível físico que o elenco apresentou e não crê que haverá problema para os jogadores se adequarem à filosofia que está sendo implantada.
- A primeira impressão foi a melhor possível, até pela campanha do time, pelo clube de expressão que é o Vasco e pelos atletas de qualidade que possui. Fomos muito bem recebidos e pudemos perceber a dedicação e o comprometimento que existe. O atleta muitas vezes tem dificuldade para assimilar algum método ou uma exigência, mas aqui, não. Estamos bem satisfeitos com os treinos que ministramos até agora - revelou.
Juvenílson, inclusive, já escreveu um livro sobre a especialização na preparação física do futebol, ao lado do colega Antônio Carlos Gomes, e, aos 40 anos, deixou o doutorado de lado por conta dos compromissos nos clubes profissionais, que se intensificaram no Atlético-PR, pelo qual trabalhou por seis anos, e no Paraná, onde se aliou a Marcelo Oliveira, em 2010.
Coincidentemente, a nova comissão técnica encara o trabalho com duas semanas livres para moldar o Vasco à sua maneira. Por essa razão, depois de muito tempo, haverá treino em tempo integral nesta quarta. Além da movimentação na Colina, o CFZ recebe o clube para uma atividade tática, com o retorno efetivo da bola, orientada pelo técnico Marcelo Oliveira.