Oposição denuncia suposta fraude nas eleições do Fluminense em 2010
Benemérito acusa o desvio de 36 votos, que tiraram 15 vagas no Conselho da chapa derrotada pelo presidente Peter Siemsen no último pleito do clube
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Denúncia anônima e conferência de tabelião
A suspeita de fraude nas eleições do Fluminense já era levantada internamente pela oposição tricolor há mais de um ano. Porém, não havia provas. Os mais curioso em toda a história é que as mesmas surgiram de maneira anônima. Recentemente, o benemérito Marcos Furtado recebeu uma encomenda sem remetente em sua casa. Na caixa, estavam todas as cédulas da eleição de 2010. Na mesma hora ele convocou um tabelião, que refez a contagem e atestou a fraude. Antes de levantar a questão na reunião desta terça-feira, Marcos também prestou queixa na 9º DP, no Catete.
- Em 30 anos, é o pior dia da história do clube, Recebi na ultima quinta-feira uma caixa com dois envelopes, neles estavam as cédulas da última eleição presidencial, assinadas e identificadas com os respectivos votos de Peter (Siemsen) e Julio Bueno, além de brancos e nulos. Consultei um advogado, que me indicou procurar um tabelião, e ficou constatado que houve um erro na contagem dos votos, mais precisamente 36. Um número é pequeno em relação a uma vitória expressiva da atual presidência, mas que há dois anos vem prejudicando 15 associados, que deixaram de ter direito a suas vagas no Conselho. Atendendo a orientaçao do advogado, entreguei os votos na 9ª DP para a devida investigação. Faço a convocação desse Conselho para reparar o dano, e estou à disposição para mostar documentos - declarou Marcos Furtado.
Solicitou-se a criação de uma comissão par acompanhar a investigação policial. O presidente do Conselho Deliberativo, Braz Mazullo, disse durante a reunião que seguramente os poderes do clube vão apurar a denúncia, mas que também é preciso esperar o que vai fazer a Polícia, uma vez que ela foi acionada. Por meio de sua assessoria, a diretoria do clube avisou que não vai se pronunciar sobre o assunto.
Se futuramente for comprovado o erro, os 15 conselheiros da oposição devem ser empossados, mesmo faltando pouco menos de nove meses para o fim do primeiro mandato de Peter Siemsen. Entre os que teriam direito ao cargo, estão nomes conhecidos como Ricardo Tenório (vice-presidente de futebol na arrancada de 2009, que impediu o rebaixamento no Campeonato Brasileiro), Julio Domingues e José de Souza (vice-presidentes gerais na primeira e segunda gestões do ex-presidente Roberto Horcades, respectivamente), e ainda o ex-presidente David Fischel, que comandou o clube entre 1999 e 2004. Curiosamente, alguns dos 15 nomes hoje apoiam a gestão de Siemsen.
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