Após ouro, Rafaela diz: 'Mostrei que não depende de cor para ser campeão'
Um ano depois de polêmica em Londres, judoca dá a volta por cima e conquista inédito título mundial para o judô feminino do país
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- É muito bom mostrar para o pessoal que me criticou, dizendo que lugar de macaco não era no judô, e sim na jaula. E agora eu estou aqui, campeã mundial, mostrando para todos que me discriminaram que você não depende de cor, de raça, nem de dinheiro para ser campeão e conseguir sua medalha. Criaram vários fakes nas redes sociais. Quando peguei meu celular para falar com a minha família, vi várias críticas. Disseram que eu era uma vergonha para o Brasil e para a minha família. Eles não foram nem capazes de colocar seus nomes, suas fotos - desabafou Rafaela.
- Em Londres, tive aquela sensação de treinar quatro anos e sonhar com uma medalha. Quando perdi lá, pensei que os quatro anos treinando forte e competindo bem, foram embora, que eu tinha perdido todo o trabalho e tinha chances de ir no pódio. Hoje foi o contrário, o choro era por alegria, e não pela tristeza - frisou a atleta.
- Aquele momento foi um dos que eu não entendi nada. Fui dar um contra-golpe, virei e caí de joelho. Achei que a pontuação era minha, mas o árbitro deu para ela. Disse para mim mesma que aqueles 15 segundos seriam infinitos e que ninguém me tiraria aquela medalha. Fui lá e consegui vencer - finalizou a atleta brasileira.
- Vou treinar duro, continuar mantendo os treinos fortes, as competições, e vou buscar a minha vaga nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, para novamente em casa, trazer essa medalha que não veio em Londres.
Nesta quinta-feira, mais dois judocas do Brasil entram em ação. Pelo peso meio-médio, Victor Penalber (81kg) e Katherine Campos (63kg), são as esperanças de medalha. O SporTV transmite ao vivo, a partir das 10h, com finais a partir das 16h, e o GLOBOESPORTE.COM acompanha tudo em Tempo Real, com vídeos.
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