CAB apresenta planos em congresso e anuncia regulamentação do Wocs
Evento será o primeiro de origem nacional chancelado pela comissão atlética, que se articula para padronizar práticas do MMA no Brasil
Comente agora
- Sabemos que o esporte está crescendo e nossa preocupação primordial é com a integridade física do atleta. Se acontece alguma coisa no evento, vai respingar para todo mundo. Vimos isso como o diferencial (da CAB) e achamos super válida a proposta. Veio no momento certo, de crescimento do Wocs e do MMA. Conseguimos alinhar os pontos que estavam conflitantes. O mercado brasileiro é completamente diferente do UFC, então optamos por um estágio. Teremos quatro edições até o final do ano, com um estágio por três edições, e, na última edição, eles vão efetivamente tomar a frente do negócio. Eles vão cuidar de tudo, assim como fazem no UFC: cuidar do quadro de médicos, cutmen, árbitros, pessoal que toca o evento, será todo da CAB - explicou Otávio "Tatá" Duarte, um dos promotores do Wocs, ao Combate.com.
- Tivemos a humildade de entender que, hoje, o promotor de boa fé trabalha com orçamento e com expectativas da estrutura dele que não comportam, da noite para o dia, trazer nossa estrutura para sancionar o evento. Tivemos a afiliação do Wocs, vamos fazer um número de eventos identificando os pontos positivos e negativos e o que temos de fazer de ajustes. Isso vai servir de espelho para outros que venham conosco, e desejo que, no futuro próximo, estejamos chancelando todos os eventos nacionais. A gente focou inteiramente no Tatá porque chegamos à conclusão que, para essa questão de orçamento, das adequações que precisam ser feitas, se a gente começasse a conversar com todo mundo ao mesmo tempo, cada um ia apresentar uma demanda e não íamos desenvolver um formato e uma metodologia para trazer o evento nacional para dentro da comissão atlética. Com isso, focamos em fechar com o Wocs e, agora, acho que é o momento adequado. Mostraremos o que funcionou com o Wocs para que funcione com os demais eventos também - explanou Biscardi.
física no MMA (Foto: Adriano Albuquerque)
- O Brasil é um dos países em que passamos muito tempo e do qual tivemos muitas aplicações por filiação. Tivemos de descartar as anteriores, porque havia muita animosidade entre essas confederações. Queríamos começar com algo novo, e a CAB cumpre isso - disse Mattsson em sua palestra.
Outro requisito para a filiação da comissão é que seja isenta e independente. O chairman da CAB, Rafael Favetti, assegurou que a comissão não faz eventos, não agencia atletas e "não depende de nem um centavo de dinheiro público, e nem queremos isso". Apesar disso, a entidade mantém diálogo com membros do governo federal para garantir o reconhecimento do MMA como esporte, além de trabalhar contra o projeto de lei 5534/2009, do deputado federal José Mentor (PT-SP), que pede a proibição das transmissões de lutas de MMA na televisão.
- Talvez, este mês de setembro seja essencial para o MMA. O Conselho Nacional de Esporte pode votar se, para o Ministério e para o Conselho, o MMA é considerado esporte ou não. Se passar, e tem que passar, continuaremos como está e com mais legitimidade. Se não passar, é um problema, teremos de chamar outro congresso extraordinário para ver o que vamos fazer. Até o rodeio já foi considerado esporte. Acredito na nossa força e nos nossos congressistas. Vamos partir para cima e acredito que vai ser nocaute - afirmou Favetti.
O evento contou ainda com a presença de grandes nomes do MMA e do jiu-jítsu, como Rodrigo Minotauro, Pedro Rizzo, Erick Silva, Rafael Feijão, Santiago Ponzinibbio e Kyra Gracie, que participaram de mesas sobre o futuro do esporte, suas oportunidades de negócio e fisiologia e nutrição. Além disso, o árbitro americano Herb Dean se juntou ao brasileiro Mário Yamasaki para explicar as regras unificadas do esporte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário