Dorival rebate Eurico e questiona política: 'São vascaínos ou não?'
Um dia após críticas do ex-presidente, técnico ressalta necessidade de
apoio do Vasco e não se ilude com voto de confiança da diretoria
220 comentários
para Eurico (Foto: Marcelo Sadio / Site do Vasco)
- Não me preocupo com isso, até porque também pediram muito a saída dele do Vasco. Talvez ele tenha se acostumado com a ideia. Mas não tem problema. Tenho consciência do meu trabalho, embora os resultados não sejam os que queremos. Mesmo assim, não tem faltado participação da comissão técnica. Em relação ao que se comenta, não me influencia, pois respondo ao comando do Vasco até o momento em que a diretoria demonstre confiança no meu trabalho.
Ciente de que os bastidores políticos do clube estão em ebulição mesmo faltando dez meses para as próximas eleições presidenciais, Dorival Júnior mostrou-se indignado com a divisão de forças e críticas de parte a parte. Para o treinador, nesse momento difícil, no qual existe real chance de rebaixamento, o ideal seria a união para empurrar o time dentro de campo.
- Vou morrer e não vou conseguir entender o movimento político dentro de um clube de futebol. São vascaínos ou não? Estão torcendo por uma causa ou por um partido? Pela situação ou pela oposição? Se é que deva existir situação e oposição num clube de futebol. Acho que vascaínos de verdade se unem e torcem pelo clube. Esses são os verdadeiros, que apoiam e querem o bem da entidade. Quando você vê o amor por causa própria, é natural que se criem partidos, situações e outras condições que possam interferir na vida de um clube que deveria ser desportivo, onde todos os aficionados estivessem a fim de participar. Estamos aqui para tentar fazer o melhor para o clube, fui contratado por esse motivo, mas temos que nos preocupar com o Atlético, que é o principal - afirmou.
Dorival Júnior garantiu também não se abalar com os questionamentos ao seu trabalho, que completa dois meses e tem aproveitamento semelhante ao de Paulo Autuori. Nem mesmo a garantia da diretoria de que a confiança existe muda a postura do treinador do Vasco.
- Quando você chega, é a solução e em dois meses passa a ser o vilão da história. Nem tanto de um lado e nem de outro. Respeito a posição, agradeço a confiança e espero desenvolver meu trabalho no Vasco. Apenas isso. Mas infelizmente essa filosofia não vai mudar, e é por isso que os clubes continuam patinando. Não existe uma mudança de posturam de quem cerca a vida do clube e participa de uma maneira geral - analisou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário