Timão coloca até zagueiro no ataque, mas não passa pelo lanterna Náutico
Com nove desfalques, Corinthians tenta
até com Paulo André de centroavante, sem sucesso; Timbu desperdiça
chances nos contragolpes
DESTAQUES DO JOGO
-
deu certozaga do Timbu
Mesmo na lanterna, o Náutico abdicou do ataque e só tentou algo em chutes sem perigo de longe, mas conseguiu segurar o time adversário. -
deu erradoDanilo
Acostumado a jogar pela esquerda, começou pelo meio e depois virou centroavante, invertendo com Romarinho. Não rendeu. -
nome do jogoGideão
O goleiro do Náutico trabalhou mais no segundo tempo, mas evitou os gols do Corinthians em tentativas de Edenílson, Igor e Paulo André.
A CRÔNICA
por
Marcelo Hazan
77 comentários
Um Corinthians atrás de pontos para encostar no G4, diante de um
Náutico desesperado para fugir da lanterna do Brasileirão. O enredo da
partida deste domingo, no Pacaembu, pela 19ª rodada, sugeria dois times
abertos, jogando o tempo todo atrás da vitórias, mas na prática foi tudo
bem diferente. Em uma tarde de pouca inspiração no Pacaembu, Timão e
Náutico não saíram do zero, fechando o primeiro turno da competição
nacional sem alterações na tabela - os paulistas em quinto, os
pernambucanos em último. A torcida alvinegra vaiou o time na saída de
campo.
Leandro Amaro e Jean Rolt detêm Romarinho (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Irreconhecível principalmente na etapa inicial, já que estava com nove
desfalques, o time de Tite pouco criou e só partiu para a pressão no
segundo tempo, usando até Paulo André como centroavante. O garoto Léo,
estreante como titular, teve atuação regular.
Já o Timbu se fechou durante todo o jogo esperando por um contra-ataque. No segundo tempo, o time pernambucano teve as tão esperadas chances, mas esbarrou na falta de qualidade de Derley e Helder, livres, porém sem técnica para definir a partida. Ainda assim, o Náutico conseguiu arrancar um ponto do Corinthians.
Agora, o Timão encara o Botafogo, na próxima quarta-feira, no Rio de Janeiro, enquanto o Timbu recebe o Grêmio, no mesmo dia, na Arena Pernambuco.
Paulo André disputa com Auremir (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Sem inspiração, sem gols
Um desavisado que foi ao Pacaembu na tarde deste domingo e assistiu ao primeiro tempo de Corinthians e Náutico jamais poderia imaginar a importância do jogo para os dois lados. Dado o ritmo sonolento dos dois times, nem parecia que a partida poderia ajudar o Timão a colar no G-4 e o Timbu a reagir contra o Z-4.
Sem a compactação usual, com os jogadores distantes uns dos outros, o Timão esteve irreconhecível. Desfigurado por nove desfalques, o 4-2-3-1 de Tite começou com Romarinho na frente, municiado pela linha de três formada por Ibson, Danilo e Léo, estreante como titular. O garoto, aliás, foi o único que tentou algo diferente. Depois, Danilo e Romarinho trocaram de posições, mas o futebol seguiu igual.
Público pagante foi de 22.712 (Foto: Marcos Ribolli)
Já o Náutico, em seu primeiro jogo após a saída do técnico Jorginho,
protagonizou lances que explicam o fato de o time estar na lanterna:
Rogério tentou dominar bola na linha de fundo, se atrapalhou sozinho e
cedeu tiro de meta; Elicarlos tentou cortar um ataque corintiano, tirou
de canela e viu a bola o encobrir; Jean Rolt se atrapalhou na defesa e
quase viu Léo se aproveitar para abrir o placar.
Não fosse uma finalização de Edenílson defendida por Gideão, além de uma cabeçada de Paulo André para fora, a etapa inicial teria passado inerte. A prova da falta de ambição do Timbu, que só finalizou uma vez, foi dada por Jean Rolt no intervalo, quando considerou o primeiro tempo bom.
- Fizemos uma boa partida pela nossa proposta. Não criamos, mas eles também não. O jogo está igual e temos de manter isso.
Danilo jogou de centroavante em boa parte da partida. Sem sucesso (Foto: Marcos Ribolli)
Timão pressiona, mas não faz
Dificilmente Corinthians e Náutico piorariam o desempenho do primeiro tempo. Ao menos da parte do Timão, o rendimento melhorou. Descontente com o empate sem gols, o time de Tite partiu para a pressão diante de um Timbu retrancado.
Mas aí a estrela do goleiro Gideão começou a brilhar. Ele evitou gols de Edenílson, em chute da entrada da área, e de Paulo André, em voleio estiloso com pinta de centroavante. E ainda teve sorte ao ver as cabeçadas do mesmo Paulo André e de Gil passarem perto, mas para fora.
Diante do fraco desempenho do Náutico, o técnico Levi Gomes substituiu o ineficiente Rogério por Hugo, além de Tiago Real por Morales. Mas a equipe seguiu com a mesma proposta defensiva, tentando apenas em chutes despretensiosos de longe.
Já Tite trocou Léo, um dos melhores do Timão, pelo também garoto Paulo Victor, que também deu boa movimentação ao ataque. Sedento pelo gol, o Corinthians fez Paulo André virar centroavante e ainda viu Ibson acertar uma bomba no travessão de Gideão, mas a bola teimou em não entrar.
Aproveitando-se das subidas de Paulo André, o Náutico teve duas chances para matar o jogo, mas esbarrou na falta de técnica de seus jogadores. Primeiro Helder e depois Derley, completamente livres em dois contra-ataques, erraram o domínio da bola e perderam as oportunidades. Assim, o zero não saiu do placar frustrando os quase 25 mil torcedores no Pacaembu.
Já o Timbu se fechou durante todo o jogo esperando por um contra-ataque. No segundo tempo, o time pernambucano teve as tão esperadas chances, mas esbarrou na falta de qualidade de Derley e Helder, livres, porém sem técnica para definir a partida. Ainda assim, o Náutico conseguiu arrancar um ponto do Corinthians.
Agora, o Timão encara o Botafogo, na próxima quarta-feira, no Rio de Janeiro, enquanto o Timbu recebe o Grêmio, no mesmo dia, na Arena Pernambuco.
Um desavisado que foi ao Pacaembu na tarde deste domingo e assistiu ao primeiro tempo de Corinthians e Náutico jamais poderia imaginar a importância do jogo para os dois lados. Dado o ritmo sonolento dos dois times, nem parecia que a partida poderia ajudar o Timão a colar no G-4 e o Timbu a reagir contra o Z-4.
Sem a compactação usual, com os jogadores distantes uns dos outros, o Timão esteve irreconhecível. Desfigurado por nove desfalques, o 4-2-3-1 de Tite começou com Romarinho na frente, municiado pela linha de três formada por Ibson, Danilo e Léo, estreante como titular. O garoto, aliás, foi o único que tentou algo diferente. Depois, Danilo e Romarinho trocaram de posições, mas o futebol seguiu igual.
Não fosse uma finalização de Edenílson defendida por Gideão, além de uma cabeçada de Paulo André para fora, a etapa inicial teria passado inerte. A prova da falta de ambição do Timbu, que só finalizou uma vez, foi dada por Jean Rolt no intervalo, quando considerou o primeiro tempo bom.
- Fizemos uma boa partida pela nossa proposta. Não criamos, mas eles também não. O jogo está igual e temos de manter isso.
Dificilmente Corinthians e Náutico piorariam o desempenho do primeiro tempo. Ao menos da parte do Timão, o rendimento melhorou. Descontente com o empate sem gols, o time de Tite partiu para a pressão diante de um Timbu retrancado.
Mas aí a estrela do goleiro Gideão começou a brilhar. Ele evitou gols de Edenílson, em chute da entrada da área, e de Paulo André, em voleio estiloso com pinta de centroavante. E ainda teve sorte ao ver as cabeçadas do mesmo Paulo André e de Gil passarem perto, mas para fora.
Diante do fraco desempenho do Náutico, o técnico Levi Gomes substituiu o ineficiente Rogério por Hugo, além de Tiago Real por Morales. Mas a equipe seguiu com a mesma proposta defensiva, tentando apenas em chutes despretensiosos de longe.
Já Tite trocou Léo, um dos melhores do Timão, pelo também garoto Paulo Victor, que também deu boa movimentação ao ataque. Sedento pelo gol, o Corinthians fez Paulo André virar centroavante e ainda viu Ibson acertar uma bomba no travessão de Gideão, mas a bola teimou em não entrar.
Aproveitando-se das subidas de Paulo André, o Náutico teve duas chances para matar o jogo, mas esbarrou na falta de técnica de seus jogadores. Primeiro Helder e depois Derley, completamente livres em dois contra-ataques, erraram o domínio da bola e perderam as oportunidades. Assim, o zero não saiu do placar frustrando os quase 25 mil torcedores no Pacaembu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário