Ceni pode ter último encontro com Corinthians, rival que mais enfrentou
Goleiro já disputou 60 clássicos contra o rival: ganhou títulos, fez seu centésimo gol, teve derrotas decisivas, e marcou torcidas
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(Foto: EFE)
O contrato de Ceni com o São Paulo vai até 31 de dezembro, e ele já deu a entender que este é seu último ano como jogador, embora ainda não tenha confirmado que irá pendurar as chuteiras.
A relação do ídolo tricolor contra o arquirrival teve início antes mesmo de ele atuar no time profissional. Em 1993, Rogério conquistou o título da Copa São Paulo de Juniores numa grande final: 4 a 3 sobre o Corinthians. Aquela geração revelou atletas como os atacantes Caio e Jamelli, mas o principal jogador foi mesmo o futuro capitão.
Foi também contra o Alvinegro que o goleiro fez seu primeiro gol. Ele marcou na disputa por pênaltis da semifinal da Copa Conmebol de 1994. O São Paulo se classificou e venceu o Peñarol na final. Esse gol, entretanto, não conta em estatísticas por ter sido marcado após o tempo normal da partida.
Os anos seguintes se converteram num pesadelo para o torcedor são-paulino. Entre 1999 e 2002, o rival venceu a maioria dos jogos, principalmente os decisivos. Casos da semifinal do Paulista e do Brasileiro, ambos em 1999, e da Copa do Brasil de 2002, além da decisão do Rio-São Paulo do mesmo ano. A exceção foi a semi do Paulistão em 2000.
A partir de 2003, viria uma nova era. O Tricolor voltou ao topo do futebol brasileiro, e Ceni brilhou contra o Corinthians. Ganhou jogos importantes, pegou pênaltis, e ainda marcou, enfim, o primeiro gol no rival. De pênalti, na goleada por 5 a 1 no Pacaembu. Foi a estreia do técnico Paulo Autuori, que em seguida seria campeão da Libertadores e do Mundial.
Até que o Majestoso sofreu nova reviravolta. O Corinthians quebrou um tabu de derrotas seguidas, e impôs ao São Paulo um longo período de quatro anos sem vencer. Ceni sofreu. Teve de amargar até um 5 a 0, no mesmo Pacaembu, em uma atuação abaixo da média.
No total, em 60 clássicos, o capitão ganhou 19, empatou 18 e perdeu 23. Sofreu 88 gols, e já fez três. Só que um deles é especial em sua memória, e na de todos os torcedores são-paulinos. O centésimo.
Na primeira oportunidade, em falta sofrida por Fernandinho, o goleiro bateu com perfeição, no ângulo de Julio Cesar. Tirou a camisa e festejou como se fosse um título. Desde então as partidas têm sido equilibradas. A última polêmica entre eles foi na semifinal do Paulistão deste ano. Na disputa por pênaltis, Rogério bateu o seu com cavadinha, e enganou Cássio. Depois, para tentar evitar a eliminação com os erros de Luis Fabiano e Ganso, se adiantou muito para defender a cobrança de Pato. Deu certo, mas o assistente mandou voltar, e o atacante converteu.
Amado pelos são-paulinos, e com sentimento totalmente oposto nas outras torcidas, sobretudo na corintiana, Rogério pode se despedir do clássico neste domingo. Normalmente esses encontros são marcados por fortes emoções.
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