Com direito a tombo, Jardel tenta se adaptar ao futebol amador; veja lances
Ídolo gremista busca recomeço no Vila Nova, do município de Ibirubá. Atacante recebe do time a camisa 16, a mesma dos tempos do Tricolor
213 comentários
O eterno ídolo gremista busca um recomeço na várzea. No último fim de semana, ele recebeu, do Vila Nova, a camisa 16 - número com o qual conquistou a segunda Libertadores do Tricolor, em 1995. Nas arquibancadas, torcedores de diferentes times gaúchos se uniram pelo mesmo propósito: esperar, na partida contra o Revelação, uma das famosas cabeçadas do artilheiro. Não viram gol. Mas encontraram empenho, vontade e até um tombo protagonizado por ele. Antes de entrar em campo, o centroavante passou pela apertada escada que dá acesso ao estádio, mas caiu e bateu com o queixo no chão.
- A torcida espera ver ele fazer uma jogada, de repente até um gol. Mas o resultado é o que menos interessa - avaliou o presidente do Vila Nova, Altair de Almeida, nos minutos que antecederam o início do confronto.
em Ibirubá (Foto: Reprodução/ RBS TV)
No dia de enfrentar o Revelação, pelo Campeonato Municipal de Ibirubá, Jardel sentiu dores na panturrilha. Recebeu tratamento antes da partida e decidiu seguir para o campo. Antes de pisar no local, entretanto, um contratempo. Jardel tropeçou em um degrau da escada e bateu com o queixo no chão, arrancando risadas, já que não se machucou.
Durante a partida, orientou os companheiros, pediu a bola e até se irritou com a arbitragem. Não marcou gol, mas mostrou que a cabeça ainda funciona muito bem.
- Voltei. Não sei te responder por quê. Acho que foi vontade de Deus mesmo - reflete sobre o retorno.
O Vila Nova perdeu para o Revelação por 3 a 2. Jardel não balançou as redes. Teve, porém, participação nos dois gols de seu novo time. Aos 40 anos, o artilheiro chega a sentir saudades de suas antigas performances, mas crê que poderá ter muito futebol pela frente.
- Quem sabe pode ser um novo Gauchão (a participar)? - questiona ele.
Por um lado, mostra ser o mesmo Jardel. Brincalhão, vencedor. Os tempos de Grêmio e de Porto estão vivos dentro dele. Mais do que um recomeço, Jardel reencontra sua verdadeira felicidade: a rotina nos gramados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário