'GSP me disse que sou ídolo dele e me chamou para treinar', conta Royce
Lenda brasileira do UFC diz também que estará no córner do canadense no UFC 167, no sábado. Ele reconhece a força do desafiante Johny Hendricks
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- Nos encontramos aqui pouco antes do treino aberto e Georges me chamou para participar do treino. Ele me disse assim: "Ei, quer treinar comigo? Você é o meu ídolo, eu me inspirei em você. Será uma honra se você aceitar treinar comigo." E eu aceitei. Georges é um grande atleta, um grande campeão. Eu sou um grande fã dele e de como ele consegue usar a estratégia em suas lutas. Foi muito legal esse convite, esse reconhecimento e é uma grande alegria poder treinar com um campeão - disse Royce Gracie.
- Se não houvesse luvas, limite de tempo e divisões de peso, acho que seria muito mais interessante. Mas as coisas mudaram muito, e as estratégias de luta tiveram que mudar também. Eu gosto de ver lutadores que sabem ser estratégicos, em vez de caras que entram na luta para bater sem pensar muito no que estão fazendo. Essa é a diferença dos campeões: eles sabem obrigar os adversários a fazer o que eles querem. Não existe luta fácil, mas eles tornam mais fácil para eles.
Ao falar de campeões, Royce Gracie citou exemplos de Ronda Rousey e Anderson Silva como exemplos de atletas que são superiores aos demais por saberem usar a estratégia para obrigar seus rivais a fazerem o que eles querem.
- Ronda Rousey sabe como armar o bote e pegar suas adversárias. Ela é ótima. Ela usa o que aprendeu. Vi várias lutas dela, e ela até trabalha as lutas em pé, mas sempre leva a luta para onde ela se sente mais confortável. Ela usa o que aprendeu e treinou a vida toda. Era o que eu fazia também. Já Anderson Silva é tão bom que brinca com seus adversários. Ele limpou a divisão dos médios do UFC. Não estou dizendo que Chris Weidman é um mau lutador, mas vamos assumir que Anderson tivesse feito o que sempre fez, que era derrubar Chris Weidman e nocauteá-lo, como fez com todos os outros. O que vocês da imprensa estaria dizendo? Que ele é o maior de todos. O que aconteceu com ele pode acontecer com qualquer um. Mas só acontece com quem está lá dentro.
Perguntado sobre qual teria sido seu principal adversário, Royce preferiu atribuir seu sucesso ao treinamento recebido de seu pai, Hélio Gracie, e citou um exemplo de como encarava suas lutas e as críticas ao seu estilo.
- Sou um produto do trabalho do meu pai. Eu fiz o que aprendi com ele. Eu lutava sem limite de tempo ou divisão de peso. Eu enfrentei Akebono, que tinha 2,04m e 223kg. Antes da luta todos me chamavam de maluco, diziam que não havia jeito de levá-lo para baixo ou de machucá-lo com meus socos. Depois da luta vieram dizer que ele era grande e gordo. Eu respondi pedindo para deixar um cara desse tamanho acertar a sua cara. Aí veríamos como ele era lento (risos).
UFC 167
16 de novembro de 2013, em Las Vegas (EUA)
CARD PRINCIPAL
Georges St-Pierre x Johny Hendricks
Rashad Evans x Chael Sonnen
Rory MacDonald x Robbie Lawler
Josh Koscheck x Tyron Woodley
Tim Elliott x Ali Bagautinov
CARD PRELIMINAR
Donald Cerrone x Evan Dunham
Ed Herman x Thales Leites
Brian Ebersole x Rick Story
Erik Perez x Edwin Figueroa
Jason High x Anthony Lapsley
Will Campuzano x Sergio Pettis
Cody Donovan x Gian Villante
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