No UFC em Goiânia, atletas brasileiros levam a pior contra estrangeiros
Com dez edições realizadas no Brasil, evento deste sábado foi a primeira vez em que lutadores de fora venceram mais do que representantes brasileiros
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Entre as justificativas e causas apontadas pelos próprios lutadores estrangeiros, encontra-se desde uma maior "experiência" por já ter lutado no Brasil anteriormente, e por isso não se importar com o tradicional grito de "Uh, Vai Morrer!" dos brasileiros, até simplesmente focar apenas no adversário dentro do octógono.
- Eu vim mais cedo para o Brasil para me acostumar a estar aqui, me acostumar ao ambiente, e acho que, mais do que qualquer coisa, eles te vaiam um tanto, mas uma vez que a luta começa, eles torcem por uma boa luta. Então, é fazer uma boa luta e, depois, eu recebo os cumprimentos. Como eu já tinha lutado aqui antes, só tinha de bloquear tudo desta vez. Lutei com Rony, que é melhor que o Pepey, e lutei no Rio, que é um ambiente mais hostil. Quando vim aqui pela primeira vez, foi duro, e desta vez, não foi tão ruim. Eu me acostumei a isso e isso me ajudou muito - afirmou o peso-pena.
Já Jeremy Stephens e Ryan LaFlare, que enfrentaram Rony Jason e Santiago Ponzinibbio respectivamente, afirmaram que o público não entra dentro do octógono e por isso, a preocupação deve ser unicamente no seu oponenente.
- Os brasileiros, não importa se a luta está chata, eles vão ser leais, então respeito muito sua lealdade com o seu povo. Acho que agora, que estamos vindo ao Brasil e abrindo um novo mercado para o UFC, as pessoas estão notando isso e se preparando para isso no começo de seus camps. "Vamos para o Brasil, a plateia vai ser barulhenta", então estamos sendo mais visionários sobre o que podemos controlar e o que não podemos. Não podemos controlar a torcida, então tento não me preocupar com isso. Na verdade, me empolga. Não consigo entender o que eles estão dizendo - sei o que estão dizendo, porque me traduzem, mas quase me animo ao ouvir, "Bumaye!", uso o ritmo. É incrível - disse Jeremy Stephens.
Por outro lado, o russo Omari Akhmedov e o americano Brandon Thatch deixaram claro que o evento de Goiânia não se tratou sobre uma disputa de nacionalidades, já que há outros aspectos dentro do combate para serem levados em consideração.
- Minha maior preocupação era o peso. O cara (Bodão) era muito maior que eu, tenho 84kg, 83kg naturalmente, Mas o UFC me ofereceu um contrato para essa luta e eu aceitei, nunca recuso uma luta. Mas na próxima, eu vou lutar em 77kg, porque este cara era enorme. Mas não houve nenhuma pressão maior por estar no Brasil - comentou Omari Akhmedov após vencer Thiago Bodão no primeiro round.
Confira os resultados do UFC: Belfort x Henderson
Vitor Belfort venceu Dan Henderson por nocaute a 1m17s do round 1
Cezar Mutante venceu Daniel Sarafian por decisão dividida (28 a 29, 30 a 27 e 30 a 28)
Rafael Feijão venceu Igor Pokrajac por nocaute técnico (desistência) a 1m18s do round 1
Brandon Thatch venceu Paulo Thiago por nocaute técnico (desistência) aos 2m10s do round 1
Ryan LaFlare venceu Santiago Ponzinibbio por decisão unânime (30 a 27, 30 a 27 e 30 a 27)
Jeremy Stephens venceu Rony Jason por nocaute aos 40s do round 1
Sam Sicilia venceu Godofredo Pepey por nocaute técnico a 1m42s do round 1
Omari Akhmedov venceu Thiago Bodão por nocaute aos 3m31s do round 1
Thiago Tavares venceu Justin Salas por finalização (mata-leão) aos 2m38s do round 1
Adriano Martins venceu Daron Cruickshank por finalização (kimura) aos 2m49s do round 2
Dustin Ortiz venceu José Maria No Chance por nocaute técnico aos 3m19s do round 3
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