Adilson pode atingir aproveitamento do campeão Cruzeiro e ser rebaixado
Treinador, melhor do clube na temporada, não tem permanência em 2014 definida enquanto ainda luta para evitar frustração de uma arrancada em vão no Brasileirão
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É verdade que são apenas seis partidas, o que limita a comparação, mas com sua formação cautelosa, em busca de equilibrar a defesa para depois atacar, Adilson de fato reduziu as falhas que rendiam muitos gols sofridos, dentro e fora de casa. Sob seu comando, foram apenas cinco, média de 0,8. O posto de segunda pior retaguarda da competição foi passado ao Criciúma e a Ponte, que já caiu, agora soma 55 gols levados - um a menos que a equipe de São Januário.
Na lista de técnicos, Gaúcho foi demitido no Carioca e garantiu 52% de aproveitamento. Em seguida, Autuori derrapou no início do Brasileirão e pediu para sair com 42%. Já Dorival, que ficou mais tempo, foi ainda pior, mesmo após um começo promissor: 40%. Antes, em 2012, Marcelo Oliveira saíra com 26,7% e Cristóvão, após 12 meses, teve 60,2%.
Questionado se as constantes mudanças na função foram responsáveis por levar o Vasco a esta situação, Adilson minimizou.
- Não é só troca de treinador. Em janeiro estava aqui o Paulo Autuori (na verdade, o técnico só assumiu o Vasco em maio), uma pessoa por quem tenho o maior respeito, admiração e carinho. Então não é treinador, precisa mudar essa mentalidade, transferindo para uma pessoa só. É um coletivo, um todo. Não vou julgar os motivos dos (times) cariocas estarem nessa situação porque cheguei esses dias. Procurei trabalhar para que o Vasco reagisse. Estamos com vida ainda, não depende somente do Vasco, mas estamos na expectativa de vencer e acontecer algo na rodada que nos ajude também - afirmou.
Hoje, o Cruzeiro, que já levantou o caneco por antecipação, está com 67,6% com o mesmo Oliveira no banco de reservas. O Fluminense de 2012, melhor de todos nos pontos corridos, chegou a 67,5%, apenas 0,9% acima do que o Vasco de Adilson pode alcançar.
Entre os treinadores que assumiram os times em má fase nesta reta final destacam-se Clemer, do Inter, que despencou recentemente e soma 36,1%, Dorival, que pegou o Tricolor carioca das mãos de Luxemburgo, com 58,3%, e Tcheco, que só fez duas partidas à frente do Coritiba e está com 66,6%. Em situação dramática, os dois últimos brigam diretamente contra o Cruz-Maltino para se salvar.
O estilo disciplinador e agitado, nos treinos e à beira do campo, ganhou o elenco. A diretoria, porém, ainda espera a definição do campeonato para tratar da permanência. O próprio Adilson não quer saber do assunto e sabe que o êxito no desafio pode lhe abrir de novo o caminho dos grandes - desviado depois da sequência de trabalhos fracassados no futebol paulista.
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