Top 5: capitão da Ponte, Roberto lista defesas marcantes na Sul-Americana
Titular da Macaca na campanha elege os principais momentos dele na competição. Lista vai de chute à queima-roupa a cabeçada de Luis Fabiano no Morumbi cheio
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Líder do elenco e referência da torcida em campo, Roberto agarrou o que pôde na campanha da Sul-Americana. Perto de se tornar um dos símbolos do primeiro título da Macaca em 113 anos de história, o goleiro sabe que participou ativamente das partidas até a classificação à final. Apesar de ser difícil, ele listou as cinco defesas mais importantes que realizou no torneio continental. Uma em cada fase, o que comprova o quanto foi decisivo em cada passo da Macaca.
A relação começa pela estreia. Ainda comandada por Paulo César Carpegiani, a Ponte foi ao Heriberto Hülse enfrentar o Criciúma e venceu por 2 a 1, gols do zagueiro César e do meia Chiquinho. O Tigre descontou com João Vitor e teve a chance de empatar a partida, mas o atacante Fabinho (ex-jogador do Guarani) parou nas mãos de Roberto.
– Ele ficou cara a cara comigo, chutou no canto, e eu espalmei. Depois o Régis veio e chutou a bola para fora – disse o goleiro, que, naquela altura, ainda não era visto como unanimidade dentro do clube.
Depois de passar pelo Criciúma e ganhar a primeira partida das oitavas de final contra o Deportivo Pasto no Moisés Lucarelli, por 2 a 0, a Ponte Preta fez pela primeira vez um jogo oficial no exterior em 113 anos de história. Além do jogo, teve que enfrentar uma maratona de viagens, imprevistos em voos, altitude, frio, pressão e outros fatores que poderiam prejudicar a caminhada alvinegra na Sul-Americana.
Por conta da vantagem, a Macaca podia até perder por um gol de diferença. Graças a Roberto, foi isso que aconteceu.
– Já estava no final do jogo contra o Pasto. O Ferron bateu o tiro de meta, a bola caiu no pé do atacante, ele chutou, eu fiz a defesa firme. Não foi uma defesa tão plástica, mas, pelo momento do jogo, foi muito importante – explicou o goleiro.
Pelas quartas de final, a Ponte Preta foi a Buenos Aires enfrentar o Vélez Sarsfield para carimbar o passaporte para as semifinais. No José Amalfitani, Rildo e Fernando Bob marcaram os gols da equipe, que, apesar da vantagem, foi bombardeada por um desesperado rival argentino na segunda etapa. Os hermanos acertaram bolas na trave e pararam no camisa 1 da Macaca.
– Essa defesa foi no segundo tempo. O atacante do Vélez chutou, a bola desviou no pé do Sacoman, e eu defendi. Ele (adversário) já estava em cima de mim para pegar o rebote - lembrou Roberto, que ainda passaria por mais dois sufocos, ambos na semifinal contra o São Paulo.
Na primeira partida contra o atual campeão da Sul-Americana, a Ponte foi ao Morumbi e conquistou uma histórica vitória por 3 a 1, com gols de Antônio Carlos (contra), Leonardo e Uendel. Já no segundo tempo, com a chuva torrencial na capital e com um Tricolor desesperado, Roberto fez outro milagre.
– O Luis Fabiano, que tinha acabado de entrar, recebeu o cruzamento e cabeceou. Eu consegui fazer uma defesa maravilhosa e salvar a Ponte de tomar o segundo o gol – contou Roberto, ao lembrar a defesa mais plástica da campanha alvinegra.
Para fechar a série, o goleiro evitou que o São Paulo abrisse o placar na segunda partida, em Mogi Mirim. Após cruzamento de Reinaldo, Aloísio posicionou-se para colocar o time de Muricy Ramalho em vantagem. Até que surgiu o camisa 1 no caminho.
– Eu dei o tapa e tirei a bola da cabeça do Aloísio. Foi importante porque foi bem no começo do jogo. Poderia ter complicado - completou.
Assim como fez nos outros jogos, Roberto quer colaborar nas finais contra o Lanús, que acontecem nas duas próximas quartas-feiras, no Pacaembu e em La Fortaleza. Se não fizer tantas defesas como nas partidas anteriores, ao menos o goleiro quer o prêmio para tanto esforço. Afinal, será dele, como capitão, a honra de levantar o primeiro troféu da Ponte Preta. Nada mais justo para quem fez tanto quanto ele.
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