Ex-zagueiro da Seleção acumula três funções para salvar Rio Branco na A2
Titular na Copa do Mundo de 1986, Júlio César é o treinador, gerente de futebol e até vice-presidente no Tigre de Americana, que luta contra o rebaixamento em São Paulo
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– É uma situação inusitada. Preparo a logística, contrato, demito, converso, treino e escalo. Preciso fazer de tudo para ajudar o Rio Branco. Qualquer situação, vale para os três cargos. Independentemente de quem vier, tem a cartilha para seguir – brinca Júlio.
A influência de Júlio César nos corredores do Décio Vitta aumenta a responsabilidade dos jogadores para seguir as orientações do técnico, do gerente e do vice-presidente. Afinal, ninguém quer levar uma bronca "tripla".
– Se você faz algo que fuja à regra, leva bronca do treinador, tem a atenção chamada fora de campo pelo gerente e fica com sérios problemas junto ao vice-presidente – descontrai o volante Jaílton.
Júlio resolveu assumir o desafio de ser o faz-tudo para tentar salvar o Tigre do rebaixamento na A2. Em princípio, ele seria "apenas" gerente e vice-presidente. A necessidade o fez virar também comandante do time. Após apostas frustradas com Wallace Lemos e Edson Vieira, a cúpula do Tigre, da qual Júlio também faz parte, recorreu à experiência do ex-zagueiro, que, entre um técnico e outro, já havia ficado de maneira interina no posto, com duas vitórias, duas derrotas e um empate.
Na segunda passagem pelo banco de reservas, a estreia foi com empate fora de casa – 2 a 2 com o Batatais – no último fim de semana. O resultado tirou a equipe da zona de rebaixamento, mas, a quatro rodadas do fim do torneio, a ameaça ainda assombra o Tigre, na beira da degola. É o 16º, com 15 pontos, apenas um a mais que a Itapirense, que abre o Z-4.
– O planejamento inicial era brigar pelo acesso, mas as coisas não aconteceram como esperávamos. Agora é batalhar nesta reta final para tentar evitar o pior – comentou.
A diretoria do Rio Branco buscou nomes conhecidos, como os atacantes Otacílio Neto, ex-Corinthians, e Pedrão, ex-Barueri, e o volante Gérson, ex-Ponte Preta, para tentar voltar à elite estadual no ano do seu centenário. Mas a equipe não deu liga. O próximo desafio está marcado esta quarta-feira, contra o Velo Clube, fora de casa, com Júlio César no banco de reservas. E na gerência e também na vice-presidência.
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