Jornal denuncia obras para a Copa no Catar: trabalho escravo e 1.200 mortos
Segundo publicação do diário inglês 'Mirror', passaportes de imigrantes que chegam
ao país para trabalhar são retidos, e operários são mantidos em situação desumana
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– Nós somos tratados como escravos. Não somos vistos como humanos, e nossas mortes não custam nada. Eles têm os nossos passaportes para que não possamos voltar para casa. Estamos presos – disse um carpinteiro do Nepal, que vive no Catar e pediu para não ser identificado.
A Fifa passou a sofrer pressão para interceder após a revelação do número de mortes nas construções no Catar. Inicialmente, a entidade não tomou nenhuma providência, mas o presidente Joseph Blatter resolveu agir e enviar, no próximo mês, o advogado alemão Theo Zwanzieger para verificar o que está acontecendo. Uma equipe de líderes sindicais britânicos e deputados advertiu a preparação para a Copa de 2022 com o argumento que o país está fazendo obras "sobre o sangue e a miséria de um exército de trabalho escravo".
Trabalhadores de países como Índia e Nepal são as principais vítimas. Ainda segundo a publicação, há um acampamento no centro de Doha, capital do Catar, onde trabalhadores dormem amontoados numa pequena sala infestada de baratas.
Com a necessidade de obras para 12 estádios para a Copa do Mundo, entre 500 mil e um milhão de trabalhadores podem chegar ao país para participar das construções. O chefe do comitê organizador da Copa no país, o príncipe Hassan Abdullah Al Thawadi, rebateu as acusações.
– Nós não queremos que as pessoas pensem que somos um país mau, porque não somos – disse.
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