Herói em 2004, Jean parece nem crer
nos três gols na final: 'Fui eu mesmo?'
Principal personagem do último encontro entre Fla e Vasco numa final de Carioca e
integrante de uma seleta lista, atacante fica em cima do muro: 'Torço pelo espetáculo'
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- Primeiramente, a gente fica muito orgulhoso. A gente pensa assim: fui eu mesmo?. Bate uma saudade muito grande. Eu era muito jovem e jogava no meio de estrelas. Zinho, Junior Baiano, Athirson, Julio César... Todos eles me ajudavam bastante, e eu ficava feliz ao lado dos craques. Aquele jogo foi Deus que me abençoou. Eu estava no momento certo, na hora certa, as bolas sobravam para mim. Tenho um orgulho muito grande em ter começado no Flamengo, em ser flamenguista e realizar o sonho de pequeno que era jogar no Macaranã e fazer gol de título - recorda o jogador, que hoje defende o Macaé.
O Vasco, naquela ocasião, buscava o bicampeonato do Carioca, já que fora campeão no ano anterior. No primeiro jogo, porém, perdeu por 2 a 1. Na volta, sucumbiu à noite abençoada - como ele mesmo define - de Jean. Aliás, o atacante revela que a atuação memorável naquela noite lhe rende frutos até hoje.
- Aquele foi o momento mais marcante para mim por se tratar de uma final, de um jogo de maior rivalidade. Poucos conseguiram fazer isso na história do futebol. Para você ver, 10 anos depois, até hoje os torcedores do Flamengo chegam e me agradecem - conta.
Ao contrário do que muitos podem pensar - e embora confesse ser flamenguista e ter iniciado a carreira no clube do coração -, Jean não escolheu um lado para torcer neste sábado. Mesmo tendo vivido seu auge no Rubro-Negro, o atacante tem um carinho enorme pelo Vasco, equipe pela qual atuou em 2006. Pelo Cruzmaltino, ele atuou poucas vezes, ficou por pouco tempo, é verdade. Porém, a maneira como foi recebido pela torcida, até por ter passado com sucesso recentemente pelo rival, o surpreendeu.
Foi para retribuir esse sentimento, inclusive, que Jean comemorou de maneira inusitada um gol marcado sobre o Flamengo no Campeonato Brasileiro de 2006. Era o nascimento do "Tô Doido", que marcou a carreira do atacante.
- Eu estou torcendo pelo espetáculo. Tenho um carinho, um respeito pelo Vasco, pelas pessoas que me trataram muito bem. Em 2006, fui o melhor atacante do Carioca e, por um ponto, não nos classificamos para a Libertadores. Por isso, vou ficar em cima do muro nesta final - disse.
má fase no Macaé e o futuro
Pelo Macaé, Jean sequer marcou um gol. Em sua defesa, ele lembra que entrou em campo poucas vezes - uma lesão no tornozelo direito o tirou da metade da disputa da Série C do Brasileiro do ano passado. No Carioca deste ano, atuou apenas em três jogos. Na maioria do torneio, por opção técnica, não foi sequer relacionado.
Por essas e por outras, Jean está de saída do Macaé, clube com o qual tem contrato até o fim de abril. De acordo com ele, dois clubes (um da Série A e outro da Série B do Brasileiro) o procuraram, e um deles será seu próximo destino.
- Eu estou de saída (do Macaé). No começo do Carioca, conversei com o presidente, e ele me liberou. Depois, preferi ficar porque achei que não tinha conseguido dar ao clube o que esperavam. Mas no decorrer do campeonato (Carioca), não fui utilizado. Mas vir para o Macaé não foi um passa atrás. Tenho que ter consciência que não foi um ano bom. Tenho experiência por vários clubes, e nunca aconteceu isso na minha carreira, de eu sair sem marcar um gol. Estou 100% fisicamente, e este ano não tive lesão nenhuma. Estou trabalhando todos os dias para voltar a defender um clube grande - concluiu.
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