Rivalidade? Horas depois da decisão, Rio e Sesi-SP confraternizam em churrascaria
Adversárias dentro da quadra e amigas fora dela, finalistas da Superliga celebram ressurgimento no torneio. Fabiana é ovacionada por cariocas e ouve coro de “volta”
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- É até difícil falar, mas a gente não quer
mandar recado, mensagem para ninguém, só que somos amigas do lado de
fora. Falou-se a semana inteira que a gente se encontrava, falava,
brincava nos treinamentos, mas isto é o que deve prevalecer dentro do esporte,
deveria servir de exemplo para todo mundo. Foi uma final diferente, com
um clima diferente. Respeitando, acima de tudo, a outra equipe - opinou
Carol.
Heptacampeã
com o time do Rio e acostumada a jogar contra a equipe paulista, a
líbero Fabi diz acreditar que o respeito e a admiração vistos ainda
dentro do Maracanãzinho, quando os elencos dançaram e cantaram juntos,
ao som de uma música de Valesca Popozuda, são sentimentos que só elevam o
vôlei brasileiro.
- Contra o Osasco há uma rivalidade e um respeito muito grande. Elas têm
um ritual e uma maneira de se comportar que a gente respeita, mas
tomara que isto (a amizade entre Rio e Sesi-SP) sirva de exemplo para o futuro.
Mesmo com cada grupo tendo um espaço reservado para si no
local, por muitas vezes era possível ver a interação e cordialidade entre as
partes nos corredores. Uma das mais queridas era a central Fabiana. Em um
determinado momento, ela foi até a área destinada ao Rio e aplaudida por todos
no recinto. Sem graça, a jogadora acenou e ouviu o coro de “volta” à equipe de
Bernardinho, onde ela conquistou quatro troféus da Superliga.
-
Acho que isso vem do respeito e carinho que eu tenho pela equipe do
Unilever. Nós, jogadoras, nos conhecemos há anos e somos muito amigas
fora de quadra - disse Fabiana.
Antes de entrar na fila para preparar seu prato, a atleta do
Sesi-SP falou e abraçou Régis e Fofão. Após muitas risadas com a levantadora,
Fabizona afirmou que a MVP da final não pode pensar em parar de jogar tão cedo.
- Fofão tem que sair de quadra só daqui a uns 10 anos - brincou abraçada na amiga.
Ao ouvir o desejo da meio de rede, a camisa sete carioca devolveu a brincadeira.
-
Está bom, vou sim. Só se for para jogar de cadeira de rodas nas
paralimpíadas - completou Fofão, carregando a medalha de ouro no peíto..
Outro favorável a permanência de “Fofa” é seu marido. Com um
semblante seguro de que a esposa, de 44 anos, não vai parar agora, ele argumentou
que a atuação dela nesta final vai pesar na hora da escolha.
- Se ela jogou o que jogou hoje com uma perna, imagina com
duas – decretou Márcio Rodrigues.
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