TJ Dillashaw se espelha em Chris Weidman para derrotar Renan Barão
Adversário do brasileiro no UFC 173, em Las Vegas, espera poder acabar com invencibilidade do campeão: 'Boas histórias acabam um dia', prevê
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Male, e fica no córner de TJ (Foto: Evelyn Rodrigues)
- Assim que eu recebi a informação de que enfrentaria o Barão, o Fábio Pateta já estava lá me ajudando com a estratégia e com o que ele acha que eu deveria olhar ou fazer. Ele estudou bem o Barão, conhece o chão dele. Ter o Fábio em meu córner é algo que vai me ajudar muito. Ele é faixa-preta de jiu-jítsu, tem feito um trabalho incrível na Alpha Male e vai ser peça chave nesse meu desafio de vencer o atual campeão - declara.
Espírito “kamikaze” e nova fase
Conhecido por ser um atleta explosivo, TJ diz que não quer entrar no octógono afobado. Ele prefere sentir o adversário e ir impondo o ritmo aos poucos:
- Eu não diria que vou entrar lá como um “kamikaze”. Não vou jogar todas as armas que tenho de uma vez. Mas posso dizer que vou ter essa mentalidade no sentido de que não tenho nada a perder. Eu aprendi muito com o Duane Ludwig sobre quando e como usar as minhas armas. Há momentos em que você deve puxar o ritmo, buscar mais a luta e tentar lutar mais para frente, mas também há momentos em que você precisa relaxar e ter paciência. Aprendi muito na luta contra o Raphael Assunção, pois eu esperei muito pelo grande chute ou o golpe perfeito. Não construí situações que me levassem ao nocaute ou à finalização, só fui para cima com tudo tentando finalizar a luta. Hoje eu acho que finalmente aprendi a relaxar, me divertir mais e estar mais confortável lutando em pé. Também consigo trabalhar a estratégia de uma forma muito melhor.
- Eu não tenho nada a perder e tudo a ganhar. É a primeira vez que entro em uma luta como o azarão e, na verdade, eu gosto disso. Há muito menos pressão sobre os meus ombros. Ninguém acha que eu posso vencer, mas eu sei que posso provar que todo mundo está errado. É uma empolgação meio maluca.
Raphael Assunção e lembranças do Brasil
O atleta da Alpha Male também falou sobre as férias que passou no Brasil e recordou os treinos que realizou em terras tupiniquins, onde, inclusive, recebeu a faixa-azul em jiu-jítsu:
- A primeira viagem que eu fiz para o Brasil foi antes de entrar no TUF. Nós fomos para o Rio de Janeiro e, em duas semanas, eu acabei fazendo vários treinos por lá. Nesses treinos eu acabei me acostumando melhor a lutar jiu-jítsu de quimono, acabei entrando em uma competição nova e aproveitei bastante. Eu também me graduei faixa azul em jiu-jítsu lá e treinei muito jiu-jítsu de quimono, então foi muito legal. Eu me diverti muito por lá, aproveitei a cultura e os fãs, que conhecem muito de artes marciais.
a derrota sofrida no Brasil (Foto: Rodrigo Malinverni)
- Quando eu voltei ao Brasil para enfrentar o Raphael Assunção, em outubro do ano passado, foi apenas um trabalho. Foi tudo muito diferente, não consegui aproveitar tanto. Fiquei mais concentrado para a luta, passei muito mais tempo no hotel e treinando. Eu curti muito o entusiasmo dos fãs e da torcida pelos atletas brasileiros, mas também senti que a torcida influenciou na decisão dos juízes, pelo menos na minha luta. Eu estava quase estrangulando o Raphael e a arena estava em silêncio absoluto. Eu conseguia ouvir o Raphael murmurando, porque eu estava tentando o estrangulamento, mas quando ele me acertou com alguns socos, a torcida enlouqueceu. Então eu acho que isso influenciou o jeito que os juízes pontuaram a luta. Não estou dizendo que eles são corruptos ou nada disso, apenas que a torcida tem um papel fundamental em como eles fazem o seu trabalho.
O gosto amargo da derrota para Assunção ainda não foi esquecido por Dillashaw, que prevê um reencontro com o brasileiro em breve:
- Eu assisti àquele duelo várias vezes, não só para saber o que eu fiz de errado, mas apenas por assistir. E cada vez que eu revejo, tenho mais certeza de que eu venci aquela luta. Sei que o Raphael está se recuperando e deve ser o próximo da fila ao cinturão dos galos, e acho que isso será perfeito, pois assim eu poderei me vingar da derrota no Brasil depois de tomar o cinturão das mãos do Barão.
UFC 173
24 de maio de 2014, em Las Vegas (EUA)
CARD PRINCIPAL
Peso-galo: Renan Barão x TJ Dillashaw
Peso-meio-médio: Robbie Lawler x Jake Ellenberger
Peso-galo: Takeya Mizugaki x Francisco Rivera
Peso-leve: Jamie Varner x James Krause
CARD PRELIMINAR
Peso-leve: Michael Chiesa x Francisco Massaranduba
Peso-leve: Tony Ferguson x Katsunori Kikuno
Peso-galo: Chris Holdsworth x Chico Camus
Peso-leve: Al Iaquinta x Mitch Clarke
Peso-leve: Anthony Njokuani x Vinc Pichel
Peso-pena: Sam Sicilia x Doo Ho Choi
Peso-meio-médio: Danny Mitchell x Li Jiangliang
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