"Acreditei até o último segundo que poderia nocauteá-lo", afirma Machida

Brasileiro admite surpresa com agressividade de Chris Weidman no início do combate e mostra bom humor ao falar do cinturão: "Levamos o bônus"

Por Evelyn Rodrigues, Ivan Raupp e Marcelo Russio Direto de Las Vegas, EUA

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O duelo de cinco rounds entre Chris Weidman e Lyoto Machida no UFC 175 foi motivo de muitos elogios aos dois lutadores, que empolgaram a torcida da Mandalay Bay Arena, em Las Vegas. O brasileiro perdeu por decisão unânime dos jurados, mas saiu de cabeça erguida por conta da boa performance que teve. Logo após a coletiva de imprensa, ele concedeu entrevista ao Combate.com e fez uma breve análise da luta, onde destacou sua sede pelo nocaute:
- Difícil falar agora sem olhar o vídeo, mas acho que tentei buscar a luta. Isso foi o mais importante. Busquei a luta até o final. Acreditei até o último segundo que poderia nocauteá-lo, que poderia vencer. Mas não deu dessa vez, né? Vamos para a próxima.
Lyoto admitiu que ficou surpreso com a agressividade que Weidman apresentou já no início do combate. O americano não deu brecha para o clássico contra-ataque do Dragão nos primeiros rounds.
- Acho que me surpreendeu um pouco. Ele veio muito (agressivo). Mas não me botou nenhuma vez em perigo, vamos dizer assim. E o meu primeiro round foi mais para estudar, para ver como ele viria, fazer uma leitura dele. Mas tudo bem. Isso faz parte. Tenho que ir para casa, pensar no que errei e voltar melhor. Talvez um detalhezinho. A luta foi um pouco parelha. Tenho que assistir. Vamos ver - declarou.

Lyoto Machida com o rosto machucado na coletiva pós-UFC 175 (Foto: Evelyn Rodrigues)

O brasileiro ficou com o rosto bem machucado devido aos golpes certeiros de Weidman, mas eliminou a suspeita de fratura no nariz, como era especulado. Ele disse que estava com o corpo bastante dolorido:
- Estou bem. Estou com um pouquinho de dor nos braços e nas pernas. Foram cinco rounds. Acho que errei alguns chutes. Mas faz parte.
Mesmo após o revés, Machida mostrou bom humor para brincar com o fato de não levar o cinturão para casa, como os filhos haviam pedido. Ele provou mais uma vez que mudou muito nos últimos anos e se tornou uma pessoa mais solta e tranquila.
- Vamos lá, né? Não deu para levar o cinturão, mas levamos o bônus (risos) - disse.