Missão Rússia 2018: Brasil inicia ciclo em busca de goleiro e centroavante
Só cinco jogadores do atual grupo terão menos de 30 anos na Copa do Mundo de 2018: técnico terá problemas em posições-chave para tentar o hexacampeonato
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Julio César terá 38 anos no próximo Mundial e já disse, após a vexatória eliminação, que essa foi sua terceira e última participação no torneio.
Fred é quatro anos mais jovem que ele, mas as limitações físicas que
demonstrou em 2014 e o histórico de problemas clínicos não indicam que
ele esteja apto na Rússia.A interrogação é ainda maior ao se constatar que os reservas não são tão mais jovens assim. Victor e Jefferson, os goleiros, terão 35 anos, mais do que Julio nessa Copa de 2014, enquanto Jô estará com 31. Para ele, mais do que a idade, superar a desconfiança geral e a frustrante participação como suplente de Fred será o principal desafio.
Passará pelos defensores e jovens já mais amadurecidos, como Neymar, que terá 26 anos, o início da construção de um novo time, ainda sob comando indefinido. O acordo de Luiz Felipe Scolari com a CBF termina ao fim da Copa. Antes do início, o presidente José Maria Marin havia manifestado desejo de continuar com o treinador, que não falou sobre o futuro. É bom lembrar que Marin, em janeiro, volta a ser vice-presidente, numa troca de cargos com Marco Polo Del Nero, vencedor da última eleição para comandar a entidade.
Os laterais não brilharam em 2014. Marcelo, o mais regular deles na Copa, terá 30 anos, o que não parece um obstáculo à sua permanência. Já do lado direito, há problemas: Maicon e Daniel Alves, além de não terem jogado bem, estarão com 36 e 35, respectivamente. Dificilmente suportarão mais um Mundial.
Apontar novos nomes é arriscado por vários aspectos. Em 2010, apostava-se em Alexandre Pato e Paulo Henrique Ganso como alicerces de talento do time de 2014, mas nenhum deles resistiu ao ciclo de quatro anos. Surgiram outros candidatos, como Lucas e Philippe Coutinho, que não foram à Copa, mas têm gás e muito tempo de carreira pela frente.
Quando Felipão anunciou os 23 convocados para a Copa do Mundo, não houve chiadeira. Falava-se no nome de Miranda, zagueiro de destaque no Atlético de Madrid, mas nenhum excluído causou clamor popular. Kaká, Robinho, Luis Fabiano, Ronaldinho... São veteranos que, muito provavelmente, não terão outro Mundial no currículo.
Depois da decisão do terceiro lugar, no sábado, em Brasília, contra o perdedor do jogo entre Argentina e Holanda, o Brasil só voltará a campo no início de setembro, ainda sem datas confirmadas, mas em prováveis amistosos contra Colômbia e Equador. Será o primeiro passo da Seleção, que levará para a Rússia o sonho do hexacampeonato.
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