Algoz de Esquiva relembra final em Londres e abre espaço para revanche
Dois anos após luta em que brasileiro foi punido nos segundos finais e perdeu o ouro, Murata diz que não há muito o que discutir sobre decisão: "O resultado final é tudo"
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Se não fosse uma polêmica punição por excesso de contato físico, a medalha de prata de Esquiva Falcão
nos Jogos Olímpicos de Londres 2012 poderia ter sido a de ouro. Mas
quem ficou no topo do pódio da categoria peso-médio, na ocasião o
japonês Ryota Murata. Dois anos depois daquele combate e da tentativa frustrada
do Comitê Olímpico do Brasil (COB) de mudar o placar da disputa, o
pugilista asiático afirmou que "o resultado final é tudo" e se mostrou
aberto a um novo duelo com o brasileiro, dessa vez no boxe profissional.
Na final dos pesos-médios em Londres 2014, melhor para Murata após punição contra Esquiva (Foto: Reuters)
O
momento que, para muitos brasileiros, definiu a luta foi na parte final
do terceiro round. O juiz polonês Mariusz Gorny considerou que Esquiva
estava agarrando Murata e lhe aplicou a punição (que dá dois pontos para
o adversário). O capixaba reclamou, pedindo que o rival também fosse
advertido, mas o japonês seguiu ileso até o fim da luta e conquistou a
medalha de ouro pelo placar de 14 a 13.
Para Esquiva, ele próprio foi o verdadeiro vencedor. E, de acordo com o pugilista brasileiro, Murata lhe havia dito, em um encontro em janeiro deste ano em Las Vegas, que o ouro merecia ter ficado com o capixaba. Porém, em entrevista por e-mail ao GloboEsporte.com, o japonês mudou o discurso.
- Penso que fiz uma boa luta, mas o resultado final é tudo. Se ele não tivesse sofrido a punição de pontos, eu teria feito uma luta diferente. Não há muito o que discutir - escreveu o asiático.
Tanto
Esquiva quanto Murata migraram para o boxe profissional depois da
participação nos Jogos de Londres. Ambos são contratados da Top Rank,
mesma empresa que tem no plantel o filipino Manny Pacquiao, único a ser
campeão mundial em oito categorias diferentes e atual detentor do
cinturão dos meio-médios da Organização Mundial de Boxe (WBO).
Os dois estão invictos no profissional, com quatro vitórias em quatro lutas cada. Porém, Murata é quem apresentou os melhores resultados, nocauteando todos os adversários. Esquiva, por sua vez, teve dois triunfos definidos por decisão unânime, e o último combate foi na categoria médio-ligeiro.
Murata abre espaço para um novo confronto direto com o brasileiro para ver quem levaria a melhor nessa nova fase dos lutadores. No amador, além da final olímpica, o capixaba também levara a pior no Mundial de 2011, no Cazaquistão.
- Se for isso o que os fãs quiserem, vou lutar com ele onde e quando for. Espero que essa luta aconteça quando nós dois ganharmos mais experiência como pugilistas (profissionais) e em um grande palco - declarou Murata.
A referência atual no boxe profissional é o americano Floyd Mayweather,
que já foi campeão mundial em cinco categorias e é o atual detentor dos
cinturões dos meio-médios do Conselho Mundial de Boxe (WBC) e dos
médio-ligeiros do WBC e da Associação Mundial de Boxe (WBA). O início de
carreira de Murata já consegue ser melhor do que o de Mayweather
(quatro vitórias por nocaute). Apesar da comparação, o japonês tem a
certeza de não querer seguir o estilo de ostentação do pugilista americano.
- Meu objetivo é ser um tipo diferente de astro - afirmou.
Murata, que deixou a aposentadoria após os Jogos Olímpicos para lutar profissionalmente, já tem marcada sua quinta luta. Será no dia 5 de setembro, em Tóquio, contra o mexicano Adrián Luna Flores (17 vitórias e duas derrotas). É mais um passo em uma carreira que o japonês deseja que seja longa e promissora.
- Como amador, eu atingi minha meta ganhando a medalha de ouro olímpica. Então, senti que a progressão natural na minha carreira era lutar no profissional. Vou continuar lutando até ficar satisfeito com as minhas conquistas. Não consigo dizer até onde (quero chegar), mas estabeleci padrões elevados - garantiu.
Murata tem quatro nocautes nas quatro lutas que já fez no boxe profissional (Foto: Chris Farina / Top Rank)
Para Esquiva, ele próprio foi o verdadeiro vencedor. E, de acordo com o pugilista brasileiro, Murata lhe havia dito, em um encontro em janeiro deste ano em Las Vegas, que o ouro merecia ter ficado com o capixaba. Porém, em entrevista por e-mail ao GloboEsporte.com, o japonês mudou o discurso.
- Penso que fiz uma boa luta, mas o resultado final é tudo. Se ele não tivesse sofrido a punição de pontos, eu teria feito uma luta diferente. Não há muito o que discutir - escreveu o asiático.
Os dois estão invictos no profissional, com quatro vitórias em quatro lutas cada. Porém, Murata é quem apresentou os melhores resultados, nocauteando todos os adversários. Esquiva, por sua vez, teve dois triunfos definidos por decisão unânime, e o último combate foi na categoria médio-ligeiro.
Murata abre espaço para um novo confronto direto com o brasileiro para ver quem levaria a melhor nessa nova fase dos lutadores. No amador, além da final olímpica, o capixaba também levara a pior no Mundial de 2011, no Cazaquistão.
- Se for isso o que os fãs quiserem, vou lutar com ele onde e quando for. Espero que essa luta aconteça quando nós dois ganharmos mais experiência como pugilistas (profissionais) e em um grande palco - declarou Murata.
metas e recusa ao estilo mayweather
- Meu objetivo é ser um tipo diferente de astro - afirmou.
Murata, que deixou a aposentadoria após os Jogos Olímpicos para lutar profissionalmente, já tem marcada sua quinta luta. Será no dia 5 de setembro, em Tóquio, contra o mexicano Adrián Luna Flores (17 vitórias e duas derrotas). É mais um passo em uma carreira que o japonês deseja que seja longa e promissora.
- Como amador, eu atingi minha meta ganhando a medalha de ouro olímpica. Então, senti que a progressão natural na minha carreira era lutar no profissional. Vou continuar lutando até ficar satisfeito com as minhas conquistas. Não consigo dizer até onde (quero chegar), mas estabeleci padrões elevados - garantiu.
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