FIA cogita alterar regra de safety car
após acidente de Bianchi no Japão
Entidade é alvo de críticas por não ter acionado carro de segurança após batida de
Adrian Sutil, o que poderia ter reduzido chances de acidente que feriu Jules Bianchi
Após o acidente, alguns pilotos e ex-pilotos, como Jacques Villeneuve, campeão mundial de 1997, afirmaram que a presença do safety car logo após o acidente de Sutil poderia ter reduzido a possibilidade de um acidente como o de Bianchi, que recebeu os primeiros atendimentos na pista e foi levado de ambulância ao Hospital Geral de Mie, onde foi submetido a uma cirurgia para conter uma hemorragia intracraniana. De acordo com o jornal britânico "Mirror", a FIA já considera alterar o processo de decisão sobre o acionamento ou não do carro de segurança.
Atualmente, o safety car é uma responsabilidade exclusiva do diretor de prova da entidade, Charlie Whiting. A FIA analisa agora a possibilidade de estender o poder de decisão para mais de uma pessoa, com o objetivo de favorecer uma opinião divergente quando Whiting considerar que o carro de segurança não seja necessário em determinada situação. A alteração, no entanto, depende de uma análise aprofundada sobre os padrões de segurança adotados pela Fórmula 1.
- A entrada desse trator sem o safety car estar na pista é completamente inaceitável. É um grande erro, que não pode se repetir. Há um erro, sem dúvida. Precisamos denunciar isso. Será que a decisão de permitir esse veículo veio da direção da corrida ou dos comissários responsáveis pela curva onde ocorreu o acidente de Sutil? Alguém tomou esta decisao. Foi a direção ou foram os comissários? - questionou o francês.
Diante da forte chuva que caía em Suzuka, por causa da aproximação do tufão Phanfone, a direção de prova optou por dar a largada com o safety car na pista. A disputa acabou paralisada com bandeira vermelha apenas três voltas depois. Quando foi retomada posteriormente, o carro de segurança permaneceu por mais sete voltas. Na reta final do GP, a chuva voltou a ficar forte e os pilotos começaram a reclamar das péssimas condições de visibilidade e da pouca aderência dos carros no asfalto molhado. Após o acidente de Bianchi, a organização decidiu encerrar a corrida, nove voltas antes do previsto.
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