Salários dos técnicos caem 13% em
um ano; Abel, Mano e Muricy no topo

Levantamento da Pluri Consultoria mostra que os 12 clubes de maior faturamento reduzem gastos com treinadores; Botafogo e Vasco são os que pagam menos

Por GloboEsporte.comRio de Janeiro

Os tempos de vacas magras para o futebol brasileiro continuam tendo efeito direto na conta bancária dos técnicos. Pelo segundo ano seguido, caiu o montante pago aos treinadores. Os 12 clubes de maior faturamento no país chegam à reta final de 2014 com R$ 3,9 milhões destinados mensalmente aos seus técnicos atuais. O valor é 13% menor do que se pagava em 2013 e 25% menor que o total de 2012. No topo do ranking, três medalhões empatados: Abel Braga, do Internacional, Mano Menezes, do Corinthians, e Muricy Ramalho, do São Paulo, recebem R$ 500 mil mensais cada.

O levantamento é da Pluri Consultoria e leva em conta os salários dos técnicos que atualmente ocupam os cargos nos clubes. Os dados financeiros não são oficiais e se baseiam em informações colhidas nos clubes e na imprensa, sem incluir premiações ou encargos.

(Pluri Consultoria)

Há dois anos, quatro técnicos ganhavam mais de R$ 500 mil mensais. Abel, no Fluminense, liderava a lista com salário de R$ 700 mil. Em seguida, vinham empatados Vanderlei Luxemburgo (Grêmio), Muricy (Santos) e Tite (Corinthians), com R$ 600 mil cada.

Abel liderava em 2002 e continua no topo do ranking (Foto: Vinicius Braga / Ag. Estado)

A queda no montante dos salários significa uma economia de R$ 7,2 milhões para os clubes (além dos encargos) em relação ao ano passado, e de R$ 16,6 milhões em relação a 2012.

Os dois clubes que mais puxam a lista para baixo são Botafogo e Vasco. Vagner Mancini e Joel Santana recebem os menores salários entre os 12 times analisados: R$ 150 mil cada. O Vasco, hoje na Série B, é o último da lista pelo terceiro ano consecutivo.

Outro clube carioca, o Flamengo, aparece como o que mais elevou o salário do treinador em relação a 2013 (133%). Botafogo (-61%) e Fluminense (-57%) foram os que mais reduziram. Em relação a 2012, quem mais elevou o gasto foi o São Paulo, com 40%.