Novo Raja? Moghreb Tétouan é
bem diferente da sensação de 2013
Representante marroquino tem menos história e torcida que a equipe de Casablanca, mas conta com o mesmo atacante que brilhou contra o Atlético-MG no ano passado
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Anfitrião
do Mundial de Clubes de 2014, o Moghreb Tétouan terá um grande desafio
na competição: igualar a campanha do Raja Casablanca no ano passado,
quando a equipe derrotou o Atlético-MG e foi batida na decisão contra o
Bayern de Munique. A tarefa não é fácil, porque os atuais campeões
marroquinos, apesar da boa fase, têm pouquíssimas semelhanças com seus
antecessores. A estreia dos donos da casa é nesta quarta-feira, na
abertura do torneio, contra o Auckland City, às 17h30 (de Brasília) - no
estádio Prince Moulay Abdullah, em Rabat. O SporTV transmite a partida ao vivo, e o GloboEsporte.com acompanha o duelo em Tempo Real.Enquanto o Raja é um dos times mais tradicionais do Marrocos – e também dos mais vencedores -, o Moghreb só conheceu o sucesso recentemente, quando conquistou pela primeira vez a liga nacional em 2012. Grande parte da mudança se deve ao presidente do clube, Abdelmalek Abroun, que investiu bastante dinheiro para fazer com que a equipe brigasse na parte de cima da tabela.
- Sou apaixonado por futebol. Quero desenvolver o futebol no Marrocos. Quero usar minha experiência e confiança nos negócios para ajudar o futebol marroquino. Queremos superar os outros times. No momento, o Moghreb é a melhor equipe do Marrocos. Temos melhor estrutura que Raja, Wydad ou FAR Rabat. E ainda temos o projeto de construir uma cidade esportiva. Estou orgulhoso do meu time – contou o mandatário.
Antes de Abroun, o Moghreb era um time "iô-iô": alternava entre a elite e a segunda divisão do Marrocos, sem fazer grande impacto. Agora, a história é diferente. Com dois títulos nacionais, o capitão da equipe, Mohammed Abhroun, que não é parente do dirigente, almeja surpreender os favoritos e conquistar o Mundial.
- O nosso desafio é superar o Raja. Queremos ser campeões do Mundial – afirmou, em entrevista coletiva.
torcida menor e menos barulhenta
Apesar do bom momento e da força financeira, o Moghreb ainda tem um caminho a percorrer. Uma diferença gritante está na torcida: os fanáticos do Raja se destacaram no Mundial do ano passado com a paixão que mostraram pelo clube. Em 2014, convém não esperar o mesmo dos fãs de Tétouan.
- O Raja é um dos maiores times país, junto com o Wydad, também de Casablanca, e o FAR Rabat. Eles possuem torcedores em todas as cidades. O Moghreb é mais regional: tem muitos fãs em Tetouan e no norte. E eles são mais familiares, não são tão loucos quanto os do Raja – contou o jornalista Bessam Najjar, do canal de TV Medi1.
TIKI-TAKA MARROQUINO
- O estilo do Moghreb não é parecido com o do Raja. Aqui, jogamos como as equipes latinas – garantiu o jogador.
Para o jornalista Najjar, pelo menos na intenção, a comparação é verdadeira. O técnico Aziz El Amri é conhecido por ser ofensivo e prometeu manter o esquema no Mundial.
- El Amri quer jogar como o Barcelona, no tiki-taka. Ele quer que seus jogadores atuem assim no Mundial.
SEMELHANÇAS: MÁ FASE E O MESMO ARTILHEIRO
- É a mesma situação do ano passado, mas uma história diferente – resumiu o técnico do Auckland, Ramon Tribulietx. - Não deve haver medo entre os jogadores. É muito importante ter uma atitude positiva no jogo, mesmo se o resultado não estiver sendo bom. Nosso time é muito forte sempre, e o povo marroquino vai nos ajudar – disse o treinador do Moghreb, Aziz El Amri, na coletiva.
Curiosamente, o caminho das duas equipes se cruzou no último Campeonato Marroquino. A dupla disputava o título e se encontrou na penúltima rodada, quando o Raja goleou por 5 a 0 e chegou à rodada final precisando de um empate com o Olympic Safi, um time do meio da classificação, mas perdeu por 1 a 0. O Moghreb venceu o Berkane por 2 a 1 e se sagrou campeão.
Outra coincidência é a presença do atacante Mouhcine Iajour. Membro do elenco do Raja no ano passado e autor de um gol contra o Atlético-MG, o jogador agora está no Moghreb e é a principal esperança dos representantes marroquinos. O certo, porém, é que, se o time de Tétouan tiver sucesso, escreverá uma história bem diferente daquela dos rivais de Casablanca.
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