Rio 2016: protesto tem confusão entre manifestantes e Guarda Municipal
Integrante do "Ocupa Golfe" é detido acusado de agredir oficial da Guarda. Grupo, que pede paralisação das obras do campo de golfe, diz que oficiais foram violentos
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Na madrugada da última quinta, a Guarda Municipal acabou com
a ocupação em frente ao futuro campo de golfe olímpico, que durava desde o dia 6
deste mês na Avenida das Américas, em protesto contra a obra. Cerca de 30
pessoas se revezavam em barracas e espalharam cartazes, retirados na última
segunda-feira pela Guarda Municipal e pela Comlurb.Os ativistas, porém, voltaram ao local, com guarda-sóis e cadeiras, que foram levados pela Guarda Municipal no sábado. O grupo afirma que a ação da Guarda foi violenta. A Guarda Municipal comentou o caso em nota.
Confira a nota da Guarda Municipal
A atuação da Guarda
Municipal está sendo realizada para garantir o ordenamento urbano na região e o
cumprimento do código de posturas municipais, que proíbe a fixação de
acampamento e/ou a ocupação irregular do espaço urbano, incluindo objetos que
caracterizem a transgressão.A ação de ordenamento faz parte da rotina da Guarda Municipal, não havendo qualquer repressão às manifestações em si. A GM-Rio vem acompanhando a ação no local e orienta os manifestantes quanto às regras da legislação municipal. Neste sábado, um dos ativistas foi detido após agredir um guarda municipal e resistir à prisão. Ele foi encaminhado para a 16a. DP (Barra da Tijuca), onde o caso foi registrado.
entenda a situação do campo de golfe olímpico
No fim de novembro, a Justiça negou o pedido do Ministério Público (MP)
para suspender a licença ambiental da obra do campo de golfe das
Olimpíadas, que poderia paralisar a atividade. O MP pretende recorrer da
decisão. Este mês, o vereador Renato Cinco (PSOL) abriu pedido para
instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito na Câmara Municipal.
Enquanto
o foco do Ministério Público é no aspecto ambiental – o campo de golfe
está sendo construído em uma Área de Proteção Ambiental (APA) que estava
parcialmente degradada e uma área de 58 mil m² do Parque de Marapendi
foi desapropriada -, a CPI e os manifestantes também levantam questões
econômicas. Entre elas está a isenção da cobrança de IPTU no terreno que
depois dos Jogos será um campo de golfe público. O grupo “Golfe Para
Quem?” também pediu que a prefeitura revelasse uma carta que diz ter
recebido da Federação Internacional de Golfe comprovando não ser
possível realizar a disputa olímpica nos dois campos existentes na
cidade, o Itanhangá e o Gávea Golf. A prefeitura alega que a construção
do campo de golfe foi autorizada em votação realizada no último dia útil
de trabalho em 2012 da Câmara dos Vereadores.
Na
última terça-feira, uma manifestação na porta do Theatro Municipal, na
entrada do Prêmio Olímpico Brasileiro, reuniu cerca de 30 pessoas
cobrando investimento em locais existentes, como a pista de atletismo
Célio de Barros e o parque aquático Julio De Lamare. Os manifestantes
conseguiram assinaturas de nomes como Torben Grael, Virna e Toni Garrido
para uma Comissão Popular de Inquérito sobre o campo de golfe. Chegaram
a ludibriar o governador Luiz Fernando Pezão, que ao perceber do que se
tratava, riscou a sua assinatura.
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