De barco novo, Scheidt e Prada miram ano de trabalho por vaga em Londres
Com duas conquistas em 2011, dupla brasileira parte para temporada de campeonatos como preparação para o Mundial, que vale pela luta olímpica
- Tivemos uma ótima impressão do barco. Claro, ganhamos e isso ajuda, mas é um barco mais fácil de se velejar e se adapta melhor à dupla. A gente consegue tirar o potencial do barco. É um barco fácil de velejar. É um barco mais simples e fácil de velejar - disse Scheidt, que viaja para a Itália, onde mora, na próxima semana.
Eles admitem, no entanto, que o barco, sozinho, não conquista nada. Os últimos resultados, no entanto, encheram a dupla de confiança para a temporada. Depois de um 2010 sem tanto foco nas competições, o novo ano é fundamental para as aspirações dos velejadores nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012.
(João Gabriel Rodrigues / GLOBOESPORTE.COM)
Dentre os objetivos, o Mundial aparece como meta maior de Scheidt e Prada. Na corrida por uma vaga em Londres, no ano que vem, a disputa em Perth é o maior passo. A dupla que ficar entre os dez primeiro colocados garante vaga do país nos Jogos e sai na frente em relação aos rivais. Depois, em fevereiro, será realizada a Seletiva nacional. Se a mesma parceira ficar com o título, confirma a classificação. Se for outra, um terceiro evento, na Europa, será o tira-teima.
- Neste ano, conquistamos o benefício de participar do evento-teste em Weymouth, o que é essencial. São as Olimpíadas sem a pressão. Podemos fazer uma série de testes que não faríamos nas Olimpíadas. E temos o Mundial. Em 2007, foi mais ou menos assim, em Cascais. Foi difícil, muitos velejadores bons. Não é fácil. Tendência é que dê certo, até pelos últimos resultados – afirmou Scheidt, lembrando que, caso nenhuma dupla brasileira conquiste a vaga para o país em Perth, teriam a última chance no Mundial de 2012, na França, que dá direito a quatro vagas.
Scheidt afirmou, no entanto, que a rivalidade com os outros velejadores, como Torben Grael, que faz dupla com Marcelo Ferreira, fica restrita ao tempo que passam na água.
- A rivalidade fica apenas para as provas. Torben é um ídolo desde que eu comecei. Ele talvez seja o velejador mais completo do mundo, com medalhas olímpicas, uma conquista na Volta ao Mundo e uma America’s Cup. Nenhum outro tem o currículo tão amplo.
Luta por vaga da Star em 2016
Enquanto focam em 2012, a dupla também tenta enxergar mais à frente. Com a classe Star praticamente excluída dos Jogos de 2016, Scheidt, bicampeão olímpico, acredita que ainda é possível reverter o caso. Em maio sairá a definição da questão.
- Está caminhando bem, temos o Comitê Olímpico Brasileiro como aliado. Temos dois caminhos: ou a inclusão da 11ª medalha, que passa pela aprovação do COI, que seria, ao meu ver, menos doloroso do que tirar uma que já entrou. Criaria menos conflito. Com lobby por votos, existe possibilidade de reverter a votação. Estamos com um representante se movimentando bem na Isaf (Federação Internacional de Vela).. Conversamos com alguns eleitores que se mostraram abertos até a mudar de voto. Existe uma série de interesses. É um quebra-cabeça que precisamos resolver.
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