Musa do bodyboard volta a surfar após sobreviver a cirurgia na cabeça
Bete Pereira removeu um tumor de 4cm e, recuperada, tenta retornar às competições, entre bicos como faxineira, modelo e apresentadora no Havaí
um mês depois da cirurgia (Foto: Arquivo Pessoal)
Bete é uma personagem importante no universo do bodyboard. Além de competir, ela dava clínicas do esporte, participava de um projeto social e tentava organizar campeonatos no litoral sul de São Paulo. Em 2008, foi passar férias no Havaí e acabou ficando por lá.
No paraíso do surfe, um rotina pouco glamourosa. Assim como a maioria dos bodyboarders e surfistas que deixam o Brasil para morar no Havaí, ela se sustenta fazendo bicos. Mas o principal deles, a faxina - paga muito bem, ela lembra -, agora se tornou um risco por causa dos produtos químicos. Modelo fotográfica nas horas vagas, está tentando dar os primeiros passos na carreira de apresentadora de TV.
- Acho que o Havaí me salvou. Se morasse no Brasil, não sei se teria me preocupado em saber qual era o meu problema.
(Foto: Arquivo Pessoal)
Bete foi levada a um médico, mas, do diagnóstico - um tumor benigno de 4 centímetros - até a operação foram necessários seis meses. O risco era tamanho que não foi possível retirar todo o tumor. Em vez de quimioterapia, preferiu tentar tratamentos alternativos. A cada cinco meses, é submetida a novos exames.
como apresentadora (Foto: Arquivo Pessoal)
Antes do incidente, Bete tinha certo medo do mar. Surfava com um olho nas ondas, outro no horizonte. Temia ser atacada por um tubarão. Um mês depois da cirurgia, quando tirou os grampos da cabeça, entrou pela primeira vez na água. Sem medo.
- Deitada na cama do hospital, quando vi todo mundo com cara de choro, jurei que, se tivesse uma chance de viver de novo, levaria uma vida muito melhor. Quero ajudar quem passa pelo mesmo problema. Voltar a fazer um trabalho social, mostrar que é possível se curar.
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