Leandrinho e CBB dão explicações distintas sobre o pedido de dispensa
Ala alega que a confederação sabia desde março sobre a impossibilidade de disputar o Pré-Olímpico, mas diretor nega: ‘Nós esperávamos por ele’
ano passado, na Turquia (Foto: Reuters)
- Eu conheço o Leandrinho há dez anos. Sei como ele é. Ele nunca se posicionou em relação à lesão. Se tivesse feito isso, estaríamos vendo um jeito de ajudá-lo. Eu conheço ele, sei como são as coisas. O que ele disse de ter uma retaliação, isso não existe. A CBB nunca vai fechar as portas para ele. Nunca vai acontecer. O que nós sabíamos era da possível cirurgia. Quando conversei com ele nesses últimos meses, a cirurgia foi descartada. Então, esperávamos por ele.
Leandrinho reafirmou sua versão e disse que o e-mail foi um pedido da própria CBB.
- Tenho certeza de que houve a esperança de que eu jogasse, assim como teve minha também. Eu disse em março que era pouco provável que eu viesse. Mas o pedido de dispensa mesmo foi só no dia que eu mandei o e-mail. Eles perguntaram o porquê da dispensa, e eu respondi. Da minha parte, foi um mal-entendido. Não tenho rancor ou raiva. Queria estar à disposição agora, mas não posso. Tenho 12 anos de seleção. Jogo 82 partidas pelo time, mais tantas outras pela seleção. Eu ia me sacrificar. Mas tive que parar e pensar em mim.
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- Eu falei com ele quando fui a Toronto. Ele me citou dois pontos que dificultariam sua participação no Pré-Olímpico: a questão da cirurgia no pulso, que impossibilitaria a convocação, e a contratual. Falei para ele da importância que ele tem. O que eu vivi com ele na seleção foi muito bom. Disse para ele fazer um esforço. Mas não vou fazer disso uma novela mexicana. Falei cara a cara com ele. Estou chateado, claro, mas temos agora de pensar nos que estão aqui.
Diante da polêmica, o técnico prefere se concentrar nos treinamentos em São Paulo em vez de alimentar o assunto Leandrinho.
- Infelizmente, a seleção hoje não conta com ele. De que serve conjugar os verbos em “se estiver”, “se for assim”? De que serve desviar o foco do time em coisas laterais? Foi uma decisão dele. Não quero mais perder tempo com isso.
Vanderlei, no entanto, prefere não fechar as portas para o jogador. O diretor da CBB planeja uma conversa com Leandrinho nos próximos dias.
- Quero minimizar esse assunto, bater um papo com ele. Somos amigos. Claro, isso me pegou de surpresa. Respeito as decisões, mas cada um deve assumir o que faz. A gente sabe de todos os problemas que os jogadores que atuam na NBA passam para estar na seleção. Mas, nesses meses que ele está de férias, ele não me disse nada. Teria o maior prazer de recebe-lo aqui, colocar nosso médico à disposição. Vou tentar ligar para ele o mais breve possível. Vamos tentar solucionar isso. Ele é um bom garoto, tem um bom coração.
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