domingo, 20 de novembro de 2011

Náutico é recebido com festa pela torcida no Aeroporto do Recife

Nem mesmo o horário do voo, que chegou às 5h, impediu os alvirrubros de comemorarem o acesso à Série A

Por Lula Moraes Recife
Pareceu uma recepção de campeão, mas foi o acesso à Série A que levou a torcida do Náutico ao Aeroporto dos Guararapes, neste domingo, para receber os jogadores que fizeram o Clube da Rosa e Silva retornar a elite nacional, depois de dois anos na Série B. A derrota por 2 a 1 para o Boa Esporte, em Varginha, não tirou a empolgação dos alvirrubros, que apesar do desembarque estar marcado para 5h28, marcaram presença para receber o time.
Já as 4h da manhã e o N-Á-U-T-I-C-O ecoava pelo ambiente normalmente tranquilo das madrugadas do aeroporto. Bandeiras e camisas alvirrubras para tirar o terminal de passageiros da rotina. A maioria emendou o início da tarde do sábado, no pré-jogo, até a recepção, ou seja, cansaço para quem foi receber os heróis da classificação.
- Cheguei às 13h na sede para assistir a partida. Foi espetacular, vibramos demais. Depois caímos na folia em bares no Bairro do Recife, até dar a hora de virmos para cá - explicou o universitário Alysson Rocha, 22 anos, um exemplar perfeito de quem decidiu aparecer no aeroporto
Náutico aeroporto (Foto: Lula Moraes)Torcida em festa para receber o Náutico no Aeroporto do Recife (Foto: Lula Moraes)
A cantoria não cessou. Teve gente, de paletó e gravata, prestes a embarcar, que entrou na brincadeira e incorporou a chefia de torcida, puxando gritos de guerra. No meio do borrão vermelho e branco, quatro homens usando um uniforme preto estavam misturados aos alvirrubros. Eram torcedores do Tupi, adversário do Santa Cruz na final da Série D, que tinham acabado de chegar ao Recife para a partida decisiva.
- Tupi, Tupi, Tupi - gritou a torcida.
- O Santa Cruz não vai fazer dois gols de jeito nenhum. Vai ser vice-campeão em casa. Ei gosto assim - afirmou um torcedor, lembrando da necessidade do rival em vencer por dois gols dois diferença para levar o caneco.
E falando em rival, o grande inimigo do Náutico foi lembrando diversas vezes. Dentre um e outro grito louvando o Timbu, vinha um canto xingando o Sport. A velha rixa não desapareceu mesmo no momento de alegria.
- Estou muito feliz pelo acesso, foi inesquecível, mas a festa foi prejudicada um pouco com a entrada do Sport no G-4. Não sei como isso foi acontecer - lamentou Tamara Azevedo, que largou um casamento para receber o Náutico.
Uma hora e meia depois, o aglomerado no desembarque estava grande. Quando os primeiros jogadores apareceram, aconteceu o frenesi. Não se conteram, pularam nos atletas. Gideão, Eduardo Ramos, Kieza, todos foram ovacionados.
- Estou emocionado com a recepção. A torcida apareceu de madrugada para nos receber, com essa gritaria, alegria. Está todo mundo de parabéns. Esse acesso ficará marcados nas nossas vidas - revelou o volante Derley.
Mas nenhum atleta foi mais elogiado, aclamado, parabenizado e agarrado do que o técnico Waldemar Lemos. Tido como o principal responsável pela façanha do Náutico, os torcedores quase que o sufocaram. Waldemar teve que entregar os óculos e mochila para um segurança, pois iria acabar tendo prejuízos. Foi jogado ao ar, com gritos de "ah, é Waldemar". Ganhou um beijo que deixou sua testa marcada de batom.

Festa seguiu pelas ruas
Após a recepção no aeroporto, a festa alvirrubra seguiu pelas ruas em carreata. Os torcedores invadiram o bairro de Boa Viagem, na Zona Sul da cidade, e tomaram praticamente toda a Avenida Boa Viagem.
Carreata do Náutico (Foto: Lula Moraes)Torcida alvirrubra toma conta das ruas do Recife em carreata (Foto: Lula Moraes)

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