Maria de Villota aparece em público pela primeira vez: 'Vou viver a mil'
Piloto espanhola concede entrevista coletiva após se recuperar de grave acidente sofrido durante sessão de testes da equipe Marussia, em julho
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vez em público após acidente (Foto: Reuters)
- Os médicos me falaram que estavam felizes por eu ter sobrevivido, e então me contaram que eu havia perdido meu olho. Naquele momento, perguntei ao cirurgião: ‘Você precisa das duas mãos para operar?’. Ele respondeu que sim, e então eu disse: ‘Bem, eu sou uma piloto de Fórmula 1, e preciso dos dois olhos para isso’. Ele me falou que a decisão de remover o olho era minha, como se ele tivesse alguma outra alternativa - lembrou.
Após o acidente, no início de julho, Maria passou por cirurgias de emergência em razão de um traumatismo craniano e permaneceu internada por um mês. A equipe médica responsável pelo tratamento e recuperação da espanhola também prestou esclarecimentos aos jornalistas, e revelou que ela será submetida a novas cirurgias no futuro, uma para corrigir um deslocamento do crânio e outra para reconstruir o olho perdido. Apesar da gravidade do acidente, a piloto se mostrou otimista em relação ao futuro.
- Depois de um tempo, você percebe que o que aconteceu é algo sem precedentes, que você consegue se sentir bem. E, então, você se dá conta de que agora vê mais do que antes. Porque, antes do acidente, eu só via a Fórmula 1, só me preocupava em ficar dentro de um carro, competindo. Agora, eu consigo ver o que é realmente importante na vida. Esse olho que eu perdi me fez encontrar o caminho novamente e, com esta nova oportunidade, eu vou viver a mil - disse.
- Quando me vi, pensei: ‘Quem vai me amar desse jeito?’. Mas, então, eu percebi o quanto as pessoas me amavam. É amor suficiente para essa vida e a próxima. Isso me dá forças para me recuperar, estou focada nas cirurgias que me restam, porque eu quero ficar 100%. Gosto da Fórmula 1, mas ainda não consigo saber o que vou fazer depois que estiver recuperada - afirmou.
Com a paixão pelo automobilismo herdada do pai, Maria de Villota começou a correr profissionalmente aos 21 anos, quando disputou categorias do calendário espanhol. A piloto passou por competições internacionais, como a Fórmula Superliga e o Mundial de Carros de Turismo, o WTCC, até estrear na Fórmula 1 nesta temporada, como reserva dos pilotos Timo Glock e Charles Pic nos treinos livres da equipe britânica Marussia.
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