Atletas apostam em currículo, visual e habilidades por vaga no TUF Brasil 3
Veteranos e novatos se misturam em seletiva para o reality show no Rio de Janeiro e tentam impressionar Joe Silva pelo sonho de entrar no UFC
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- Já bati em quase todo mundo nesta sala! - brincava o sempre bem-humorado Conterrâneo, que tem uma tatuagem da logo do UFC no corpo.
a chamar atletas (Foto: Adriano Albuquerque)
- Como já estive entre os melhores do mundo, no Pride, estar aqui e entrar no UFC é uma superação para mim. Fiquei em coma um mês, passei dois meses no hospital, com hemorragia interna. Para me recuperar, tive de passar por três cirurgias no ombro. Voltei a lutar há um ano. Mas lutador nasce de desafios, gosto sempre de participar de desafios e ganhar. É para eu olhar no espelho de noite e dizer que eu não perdi para mim mesmo - afirmou Drago.
Mamute, por sua vez, não acredita que o currículo vai fazer a diferença e quer mostrar o que pode fazer na seletiva, onde os lutadores passam por demonstrações de luta agarrada, luta em pé e por uma entrevista.
- Essas coisas do passado, eu procuro viver só o hoje. O ontem já foi, o amanhã não existe, só existe o agora. Estou preparado para dar meu máximo aqui hoje. Vamos ver qual vai ser o critério deles. Tem muita gente boa no Brasil, tive muitos amigos com bons currículos tentando vaga anteriormente e não entraram. Acho que eles vão avaliar mais em cima do que virem hoje, no chão, na manopla, e do que nas nossas vidas interessam a eles, já que é um reality show - analisou
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"black power" (Foto: Adriano Albuquerque)
- Não sou sempre assim, meu cabelo é bem mais escuro mesmo. Pintei porque é muita gente, então às vezes você não tem tanta visibilidade para se mostrar, então pintei para ficar mais marcado. Se eu fizer um trabalho bem feito aqui, eles vão conseguir me marcar mais fácil com o cabelo pintado. Dei sorte de ser o único (louro na sala), isso é bom - contou Borrachinha.
Já Cláudio Cesário, conhecido como "Dennys A Máquina", soltou o cabelo no estilo black power, que o destacava no meio da multidão. Integrante da equipe Team Nogueira e atual sparring de Anderson Silva na preparação para a revanche contra Chris Weidman, o baiano de Teixeira de Freitas aposta no visual e no histórico como modelo para beliscar uma vaga no TUF Brasil 3.
- Um dos motivos de chamar a atenção é o black, então tive de usar essa arma. Antes da luta, fui modelo, de vez em quando ainda faço um cachê de modelo, então quem sabe eles não aproveitam essa pontinha do "negão bonito" dentro da casa? (risos) - brincou A Máquina, de 29 anos.
- É um programa de televisão. Minha parte é dizer que este lutador é bom o suficiente na parte da luta: ele tem o cartel e tem as habilidades. Mas aí, vai para os produtores, e eles têm que fazer entrevistas, e eu digo aos lutadores que esta é a parte difícil, porque eles não estão acostumados com isso. Estão acostumados aos treinos e lutas, mas não a estar em frente a uma câmera, com um microfone na cara, e a mostrar sua personalidade. Depois de passarmos pela minha parte, eu digo, "Esta é a parte difícil, vocês têm que marcar um golaço aqui", porque às vezes eles estão cansados, acabaram de fazer manopla, entram na entrevista e começam com o "Sim. Não. Que seja" e não mostram sua personalidade. Essa é sua hora de brilhar - explicou Silva, que descartou que os lutadores que conhecem ou treinam com atletas do UFC tenham vantagem na seleção.
- Sempre que temos uma seletiva, todo mundo no UFC me liga dizendo, "Joe, eu tenho um cara que tem que estar lá dentro! Dá uma chance a ele!" Eu olho para todos. Eu não me importo com quem você está, mas com o que você fez. Se você é talentoso e tem um bom cartel, é isso que vai te fazer entrar - concluiu o dirigente.
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