Empate sonolento acaba com sonho do Timão e complica a vida do Vasco
Corinthians não tem mais chances de
chegar à Libertadores em 2014, e a equipe carioca continua brigando para
sair da zona de rebaixamento
DESTAQUES DO JOGO
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público20.734Esse foi o número de pagantes no retorno do Corinthians ao Pacaembu depois de cumprir cinco jogos de gancho.
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matemática8 pontosÉ o que falta ao Vasco para atingir os 46 pontos que livram o time do rebaixamento sem depender de nada. Faltam nove em disputa.
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HomenagemVolta, TiteO técnico ainda nem deixou o Corinthians e já tinha torcedor na arquibancada do Pacaembu pedindo para que ele voltasse.
A CRÔNICA
por
Leandro Canônico
Se a vaga na Libertadores já era um sonho distante para o Corinthians,
passou agora a ser missão impossível. E se a permanência do Vasco na
Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro era algo complicado, ficou
ainda mais. Tudo por causa do sonolento empate por 0 a 0 entre as duas
equipes neste domingo, no Pacaembu, pela 35ª rodada da competição
nacional.
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Os mais de 20 mil pagantes presentes ao Pacaembu (era o retorno do Timão ao estádio após cinco jogos de gancho) não tiveram motivo algum para deixar o local satisfeitos. Mas o torcedor do Corinthians, no caso, não tem muito com o que se preocupar. Já o do Vasco tem motivos de sobra para ficar com medo do rebaixamento.
A apatia da equipe carioca, de certa forma, explica a presença na zona do rebaixamento. A três jogos do fim do Brasileirão, o time cruzmaltino tem apenas 38 pontos, em 18º. O Corinthians, por sua vez, chegou aos 49 pontos, na nona colocação, e não consegue mais chegar ao G-4, porque Grêmio e Goiás venceram suas partidas. Muito pouco para quem investiu tanto no elenco - só o atacante Alexandre Pato custou R$ 40 milhões, e ainda é reserva.
Na próxima rodada, Corinthians e Vasco jogam no estádio do Maracanã. No sábado, às 19h30, o time cruzmaltino recebe o campeão Cruzeiro. E no domingo, às 17h, o Timão visita o Flamengo.
Sem muitas pretensões na competição, o Corinthians se apegou a três detalhes para ter alguma motivação na partida: o retorno ao estádio do Pacaembu, a vontade de presentear Tite, de saída, com uma boa atuação, e as remotas chances de alcançar uma vaga na Libertadores de 2014 (agora nulas).
(Foto: Diego Ribeiro)
Mas os primeiros 45 minutos de partida mostraram um Corinthians um pouco mais comprometido com suas pretensões do que o Vasco. Melhor em campo, o Timão dominou a maior parte do jogo e chegou com perigo em algumas raras oportunidades, principalmente com Renato Augusto e Sheik.
Acuado, o time carioca preferiu se defender. Ora por falta de espaço, ora por falta de opção técnica. Não foram raras as vezes em que o Vasco chegou ao ataque e os jogadores pareciam não saber o que fazer com a bola. De qualquer maneira, o empate sem gols permaneceu no placar apesar da superioridade corintiana.
O comportamento dos treinadores à beira do gramado evidenciava o que ocorria dentro de campo. Do lado do Timão, Tite gritava ao orientar seus atletas, como se tivesse tentando motivar à força cada um deles. No Vasco, a impaciência de Adilson Batista resumia a falta de objetividade do time carioca.
Se no primeiro tempo as chances de gol já não foram tão presentes no jogo, na etapa final elas quase não surgiam. Com o jogo concentrado no meio de campo, o Corinthians tentava fazer valer seu melhor toque de bola, e o Vasco, ainda recuado, esperava um espaço para tentar um contra-ataque milagroso.
O fato é que os dois times estavam apáticos em campo. Ruim para o Vasco, em especial, porque precisa deixar essa moleza de lado para continuar vivo na luta para permanecer na Primeira Divisão. No Corinthians, a apatia não altera quase nada. A não ser a vontade de Tite em terminar a temporada vendo o time jogar bem.
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