Patricio se sente desrespeitado e vê Bellator com 'preferência' por Curran
Brasileiro reprova declaração do presidente do evento, que 'esqueceu' de colocá-lo entre os melhores do mundo: 'Eu tomei isso como uma afronta'
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em GP do Bellator (Foto: Divulgação / Bellator)
- Eu tomei isso (o comentário) como uma afronta, porque o Straus fez para ganhar do Curran o mesmo jogo que fez para lutar contra mim, mas comigo ele se deu mal. Ganhei dele. Ele não me venceu em nenhum momento da luta. Venci os 15 minutos, e em nenhum momento ele chegou a me oferecer perigo. Do Curran eu não ganhei porque a organização protegeu. Ele me venceu por decisão dividida. Muita gente reclamou disso e até hoje fala que eu ganhei aquela luta. Ele não me colocar nessa lista é um equívoco muito grande, um desrespeito total - disse, em entrevista por telefone ao Combate.com.
O peso-pena da Pitbull Brothers / Team Nogueira, que está com 26 anos, disse acreditar em uma preferência do Bellator por Pat Curran, que agora terá a oportunidade de recuperar o cinturão perdido para Straus:
- Fiquei muito triste quando eles passaram o Curran na minha frente. Vi que eles estavam dando preferência e que a vontade deles era que Curran continuasse campeão. O próprio Straus deu uma declaração de que, para ele, está claro que o Bellator quer Curran como campeão. O Curran perdeu o título para o Straus de forma clara. Não vejo motivo para ter essa luta de novo.
Nem o fato de Bjorn Rebney ter garantido que Patricio vai encarar o vencedor de Straus x Curran amenizou a bronca do brasileiro, que no passado tanto elogiou a "justiça" nos GPs do Bellator.
- Não amenizou não, porque ele (Rebney) não está me dando a chance de disputar o título. Eu conquistei essa chance, eu fui lá e conquistei, eu fiz isso. Não é ele que está me dando a chance, eu que garanti a chance lutando o GP. Mas ele me desrespeitou totalmente. Não tem esse papo de trilogia. Isso não existe. Curran nocauteou Straus em um evento fora do Bellator (o XFO 29, em 2009), e anos depois o Straus foi lá e tirou o Curran para nada. Não vejo motivo para ter a terceira luta. Ninguém entendeu. Isso é da cabela dele. Só ele entendeu isso - afirmou o potiguar, que apesar das declarações garantiu ter boa relação com o presidente.
- O Bellator não está investindo direito na minha imagem. Estou cumprindo meu contrato. Sou o recordista de vitórias na categoria, sou o recordista de finais em GP e de GPs vencidos. Acho que o maior número de nocautes na categoria também é meu. E o Bellator não tem olhado para mim, não tem investido na minha imagem. Eu conquistei a chance de disputar o título mais uma vez e não me deram a oportunidade de lutar. Se o Bellator não me vê como uma pessoa satisfatória para ser campeã da organização, então que me liberem do contrato. Acho que estou fazendo muito bem meu trabalho. Nas quatro últimas lutas, nocauteei três. Eu poderia ser melhor aproveitado.
O lutador não dá detalhes do contrato para não correr riscos de levar punição do Bellator, mas o histórico da organização é de problemas nesse sentido com seus atletas, vide o caso de Eddie Alvarez. Patricio não descarta uma renovação, mas com algumas condições:
- Olha, eles vão ter que ser bastante generosos na hora de renovar esse contrato. Quero mudanças. Já estou há 11 lutas na organização. Minhas duas únicas derrotas foram para campeões, e por decisão divida. Tenho um dos melhores cartéis da categoria no mundo. Eles têm que começar a olhar para mim e a me dar o valor que mereço. Ou então não vejo motivo para continuar no Bellator.
Empresariado por Joinha e Ed Soares
Uma novidade na carreira de Patricio é que ele vai passar a ser agenciado pela dupla de empresários Jorge "Joinha" Guimarães e Ed Soares, responsáveis, dentre muitos outros, por Anderson Silva, Rodrigo Minotauro, Rogério Minotouro e Lyoto Machida.
- É uma conversa que estamos tendo há dois ou três meses, e acho que essa parceria com Joinha e Ed Soares tem tudo para dar certo. Vai somar muito na minha carreira. Está com 99,9% de chances. Está apalavrado, só falta a assinatura. Já posso considerá-los meus empresários - disse o potiguar, contando ainda que Matheus Aquino, até então seu único empresário, vai focar agora mais na função de seu advogado.
- É uma coisa bem distante, a não ser que o Bellator me liberasse. Mas com certeza acho que é a luta que faltava para lotar o ginásio aqui em Natal. Fico triste que o Bellator não tenha edições no Brasil. Seria uma boa oportunidade de lutar em casa. É aquilo que eu disse: sou leal ao meu contrato. Mas tem que haver mudanças - encerrou.
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